Médicos fazem nova greve na Inglaterra
O sindicato exige um aumento de 35%, reclamação à qual o governo se opõe
Milhares de médicos dos hospitais ingleses iniciaram, nesta quarta-feira (14), uma nova greve de três dias para exigir melhores tratamentos, em meio à crise do custo de vida.
Muitas consultas médicas não urgentes serão adiadas, devido à mobilização dos chamados "médicos juniores", disse o NHS, o serviço de saúde britânico.
"O NHS se preparou bem para esta nova greve, mas sabemos que o número de adiamentos de consultas terá um grande impacto nos cuidados de rotina (...) porque os procedimentos podem levar tempo para serem reorganizados", afirmou o diretor do NHS, Estevão Powis.
A nova sobrecarga começou às 7h00 locais desta quarta-feira e deve durar 72 horas, até a manhã de sábado.
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No Reino Unido, os chamados "médicos juniores" representam quase a metade de todos os médicos hospitalares.
Em abril, os médicos organizaram quatro dias de greve, o que provocou o adiamento de quase 200 mil consultas não urgentes.
De acordo com o sindicato BMA, que representa a categoria, esses médicos perderam 26% de sua remuneração, em termos reais, desde 2008, quando foi adotado um plano de austeridade aos serviços de saúde.
O sindicato exige um aumento de 35% nos protestos, reclamação à qual o governo se opõe.
O NHS está em uma crise profunda, fragilizada pelas políticas de austeridade e pelas consequências da pandemia da Covid-19.