Médicos peruanos protestam pelo segundo dia por falta de recursos para enfrentar pandemia
Mais de 300 profissionais da saúde peruanos, incluindo 146 médicos, morreram por coronavírus
Milhares de médicos peruanos protestaram, nesta quinta-feira (27), pelo segundo dia consecutivo para denunciar a escassez de recursos nos hospitais para o combate à pandemia, embora tenham mantido o atendimento aos pacientes.
Além de Lima, protestos semelhantes também foram registrados pelo segundo dia consecutivo em outras regiões do país, como Lambayeque, as andinas Cusco e Arequipa e a amazônica Ucayali.
Mais de 300 profissionais da saúde peruanos, incluindo 146 médicos, morreram por coronavírus entre os milhares que se infectaram, segundo os sindicatos.
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"Exigimos equipamentos de proteção para toda a equipe comprometida com o atendimento dos pacientes com coronavírus", disse à AFP Pilar Falcón, porta-voz do Sindicato do Seguro Social.
Os médicos exigem melhores equipamentos de biossegurança, assim como mais suprimentos para os hospitais e melhores salários.
Os protestos ocorrem em meio a um ressurgimento da pandemia no Peru depois que, em 1o de julho, foi levantado o confinamento nacional obrigatório para reativar a economia, que entrou em recessão depois de cair 30,2% no segundo trimestre.
Com 33 milhões de habitantes, o Peru é o terceiro país na América Latina em quantidade de mortos pela pandemia (28.124), depois de Brasil e México. É também o segundo em número de casos (613.378), atrás do gigante sul-americano.
Em relação à sua população, o Peru registra 843,5 mortes por cada milhão de habitantes, o número mais alto da região.
No entanto, os contágios e as mortes diárias começaram a diminuir nesta semana (-24% e -21% respectivamente, em relação à semana passada), segundo dados oficiais, depois de ter estado em alta sustentada desde 11 de julho.
Na quarta-feira, foram registrados 150 mortos por coronavírus no país, o número diário mais baixo desde 8 de junho.