Projeto leva meditação para Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima
A ação tem como intuito humanizar a relação com as detentas
Mulheres privadas de liberdade que cumprem detenção na da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL), na Região Metropolitna do Recife, estão recebendo mensalmente um projeto de meditação.
Com base no Mindfulness, a meditação dura 1h. O projeto reúne mulheres de forma orgânica e já registrou a presença de 50 detentas em uma atividade.
O projeto teve início em março deste ano e, com poucos meses de execução, já recebeu relatos de melhoras na capacidade de lidar com desafios por parte das detentas.
Luañ Muller, graduando de psicoterapia e psicanálise, foi convidado para ministrar as meditações pela gestão da Colônia Penal.
"A abordagem que trabalhamos na Colônia penal feminina é a prática de Meditação Mindfulness, uma prática com evidências científicas, que envolve focar a atenção no momento presente de forma intencional e sem julgamento", explicou.
O uso de terapias integrativas para mulheres que estão passando por privação de liberdade representa um passo importante de humanização do sistema penitenciário, informou o professor que ministra a sessão de Mindfulness.
"Para as mulheres em privação de liberdade numa colônia penal, essa prática é especialmente importante porque pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, promover a autoconsciência e o gerenciamento das emoções, e oferecer um meio para lidar com traumas e desafios da vida na prisão", disse o instrutor.
De acordo com ele, a Mindfulness pode contribuir para o desenvolvimento da resiliência e de uma perspectiva mais positiva, "facilitando a reintegração social, por ser uma prática com respaldo científico da comunidade internacional", relatou.