Megaoperação mira suspeitos de homicídios, tráfico de drogas e tortura em Ipojuca
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (22), a Operação Toca para cumprir 44 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão domiciliar. Os alvos são suspeitos de envolvimento nos crimes de homicídio, tráfico de drogas e tortura. Segundo a polícia, os líderes da organização criminosa já estavam no sistema prisional e exerciam comando sobre os demais de dentro da cadeia.
Os 71 mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Ipojuca, do Cabo de Santo Agostinho, também na RMR, e do Recife. Durante as investigações, iniciadas em janeiro deste ano, a polícia identificou diversas negociações de tráfico de drogas, gerenciamento do narcotráfico e até mesmo o processo de distribuição de entorpecentes pelos apontados como coordenadores e gerentes aos vendedores.
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A operação foi conduzida sob a presidência do titular da Delegacia de Polícia da 42ª Circunscrição, o delegado Ney Luiz Rodrigues. Ao todo, 200 policiais civis trabalham na Operação Toca. Os presos e materiais apreendidos na ação foram encaminhados à sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife.
"É um grupo criminoso perigoso responsável por diversos homicídios ocorridos em Ipojuca e adjacências. Investigamos cerca de 25 homicídios praticados somente por membros desta facção", explicou o delegado Ney Luiz, acrescentando que os assassinatos foram principalmente de membros de uma facção rival.
O título da operação é em alusão ao modus operandi durante os crimes. "O nome 'Toca' foi dado em razão de membros da facção se esconderem em local que pareciam tocas, além de esconder drogas e armas no fundo das residências", acrescentou o delegado.
Os membros da facção ainda torturavam as vítimas. "Fizemos uma operação recentemente no município por tortura de dois jovens que praticavam pequenos furtos na comunidade", detalhou Ney Luiz.