Saúde

Mel de formiga pode ser utilizado para tratar infecções bacterianas e fúngicas

Nos testes de laboratório cientistas descobriram que o néctar se mostrou eficaz no combate a certas espécies de bactérias e fungos

A espécie de formiga Camponotus inflatus, encontrada na Austrália, produz néctarA espécie de formiga Camponotus inflatus, encontrada na Austrália, produz néctar - Foto: Pixabay

O mel produzido por formigas australianas é a nova aposta para tratamentos contra algumas infecções causadas por bactérias e fungos. Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, detectaram que os insetos, com nome científico de Camponotus inflatus, são coletores do néctar, que por centenas de anos era utilizado pelas comunidades indígenas para tratar dores de garganta, feridas e úlceras de pele.

As colônias da espécie são formadas por formigas operárias comuns e um grupo especializado de operárias chamadas de repletas. Os animais coletam néctar para guardar em seus abdômens estendidos, o que as deixa com uma coloração acastanhada.

No experimento de laboratório, a equipe de cientistas expuseram diferentes doses do mel a uma variedade de patógenos bacterianos e fúngicos. Assim, foi descoberto que uma mistura de água com 8% de mel tem a capacidade de matar a bactéria Staphylococcus aureus, apontada como uma das principais causas de infecções de pele, que também pode levar a pneumonia ou entrar no sangue, ossos ou articulações.

Já a concentração contendo 16% de mel, consegue matar fungos como o Aspergillus fumigatus e o Cryptococcus deuterrogattii, associados a complicações médicas. Porém, quando comparado a néctares produzidos por abelhas, conhecidos por suas propriedades antimicrobianas, como o chamado de Manuka, o mel de formiga é menos eficaz.

A eficácia do mel de abelha é explicada pela a presença do peróxido de hidrogênio na sua composição, associado pelos estudiosos da área como fonte da sua ação antimicrobiana. Enquanto o mel de formiga produz uma quantidade muito menor muito dessa molécula, o que sugere, segundo o estudo, que existe nele algo de quimicamente único. A equipe espera conseguir identificar e replicar os componentes ativos do mel de formiga para utilização em tratamentos.

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