Greve

Membros do Comando Local de Greve da UFPE detalham pedidos em negociação com o governo

A Universidade Federal de Pernambuco está com as atividades paralisadas desde o dia 22 de abril

Membros do Comando Local de Greve da UFPE Membros do Comando Local de Greve da UFPE  - Foto: Paullo Almeida/ Folha de Pernambuco

Sem acordo com o Governo Federal, a maioria das universidades federais do Brasil - 56 de um total de 69 -segue em greve. Depois de tentativas de acordos, duas divergências mantêm a paralisação dos docentes: a falta de reajuste salarial a partir deste ano e um auxílio para o orçamento das instituições de ensinos. 

Membros do Comando Local de Greve da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) detalharam as reivindicações da categoria em entrevista à Folha de Pernambuco, nesta segunda-feira (3). 

Na última proposta, o governo propôs aumento linear de 2025 a 2026 que totalizaria 12,8%. Outra forma de ampliação dos ganhos seria a partir de modificação do plano de carreira dos docentes. Essa foi a terceira proposta governamental. Segundo o Comando Local de Greve da UFPE, nenhuma previa um aumento já para 2024, o que fez todas serem rejeitadas.

"Todo servidor público tem direito à correção anual do salário. Quando o governo propõe 0%, ele não só nos nega a correção, como nos impõe um ônus", disse Paulo Rubem Santiago, membro do CLG. 

Os docentes pedem aumento progressivo que vai totalizar 18,8% nos próximos anos. Seria de 3,96% a partir deste ano, 9,64% em 2025 e 5,2% em 2026. "A gente vem reduzindo sistematicamente nossas reivindicações, procurando um acerto", destacou Felix Santos, outro membro do CLG. 

Além do reajuste nos próprios salários, os docentes buscam aumento no orçamento das universidades federais.A luta é por uma recomposição emergencial de R$ 2,5 bilhões. Esses recursos, segundo a categoria, seriam fundamentais para manter não só as atividades dos cursos como também toda a parte de desenvolvimento científico e atendimento à população carente por meio de ambulatórios e hospitais. 

Os professores da UFPE estão em greve desde o dia 22 de abril e, de lá para cá, o Comando Geral de Greve mobiliza atividades diárias com os colegas da universidade. 

"A gente está aproveitando a greve para fazer debates mais profundos com mais dados, em função de todos os relatórios aos quais temos acesso. É tudo público. Isso é o que nos dá força nos departamentos porque, quando a gente chega nos colegas e esclarece, o apoio à greve aumenta. Vamos continuar dependendo do que o governo responder", disse Paulo Rubem Santiago.

Greve continua

Nesta segunda-feira (3), aconteceu um ato unificado com docentes e estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) em apoio à continuidade da greve. A mobilização aconteceu no campus da UFPE. 

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