Membros ocidentais do Conselho de Segurança pedem reunião de urgência sobre situação da Ucrânia
Reunião é solicitada para esta quinta-feira (17)
Reino Unido, Estados Unidos, Albânia, França, Noruega e Irlanda pediram a realização, na tarde desta quinta-feira(17), de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a deterioração da situação humanitária na Ucrânia, informaram, nesta quarta (16), fontes diplomáticas.
"A Rússia está cometendo crimes de guerra e atacando civis", manifestou-se a missão diplomática britânica na ONU, em sua conta no Twitter. "A guerra ilegal da Rússia na Ucrânia é um perigo para todos nós", acrescentou.
A Rússia, por sua vez, pediu nesta quarta-feira, um novo adiamento da votação no Conselho de Segurança de seu projeto de resolução "humanitário" sobre a Ucrânia, esperada agora para a sexta-feira(18), a menos que seja abandonado por falta de apoio dos aliados mais próximos de Moscou.
Paralelamente, segundo outras fontes diplomáticas, há diálogos para que o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se dirija à Assembleia Geral da ONU.
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França e México, que trabalham em um projeto de resolução sobre a ajuda humanitária, renunciaram a apresentá-lo no Conselho de Segurança, onde a Rússia pode exercer seu direito ao veto e deviam transmiti-lo à Assembleia Geral, onde nenhum país pode bloquear uma resolução.
Em 25 de fevereiro, na manhã seguinte à invasão russa, 11 dos 15 membros do Conselho de Segurança votaram uma resolução condenando a invasão, mas a Rússia impôs seu veto. Em 2 de março, a Assembleia Geral, com 141 países a favor, pediu que Moscou suspendesse a ofensiva.
Na Ucrânia, cerca de 20 civis foram mortos nesta quarta por disparos russos em frente a um armazém, em um mercado e dentro de uma residência no norte e fugindo de Mariupol, no sul do país.
O presidente americano, Joe Biden, qualificou hoje pela primeira vez o presidente russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra". Mais cedo, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto tribunal da ONU, ordenou à Rússia suspender de forma imediata suas operações militares na Ucrânia.