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SAÚDE

Menina fica incapaz de andar após contrair grave infecção ao usar banheira de hidromassagem

Ela foi diagnosticada com Síndrome de Dor Regional Complexa, uma condição rara que provoca dores intensas e persistentes

Poppy Flaubert teve infecção de pele após usar uma hidromassagemPoppy Flaubert teve infecção de pele após usar uma hidromassagem - Foto: Freepik

O problema que começou com um simples banho de banheira hoje impede Poppy Flaubert, de apenas 12 anos, até de andar. A menina, que mora com a família em Cardiff, no País de Gales (Reino Unido), desenvolveu uma infecção de pele após usar uma hidromassagem.

O incidente desencadeou uma série de dores crônicas e um diagnóstico pouco conhecido: Síndrome de Dor Complexa Regional (SDCR).

A infecção ocorreu há três anos. Georgina Flaubert, mãe da criança, conta que o tratamento foi feito com antibióticos, mas a situação mudou quando Poppy deu uma “topada” no pé. Desde então, as dores não pararam.

— Ficou cada vez mais dolorido, não entendíamos por que ela estava gritando de dor. Ela não conseguia colocar o pé no chão. Os médicos não sabiam o que estava errado — contou Georgina.

Após exames médicos, um médico sugeriu que poderia ser a SDCR, uma condição pouco compreendida que causa uma dor muito forte e persistente.

De acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, a Síndrome de Dor Complexa Regional geralmente é desencadeada por lesões e afeta predominantemente um único membro, mas pode se espalhar para outras partes do corpo. A condição pode melhorar com o tempo, mas algumas pessoas com SDCR podem sentir dor por muitos anos.

No caso de Poppy, a dor começou em um pé e se espalhou para o outro, forçando a menina a usar uma cadeira de rodas, já que as fortes dores a impedia de colocar os pés no chão. A condição também trouxe sensibilidade extrema ao toque — e até mesmo uma leve chuva podia causar dor intensa.

— (A dor) é tão intensa que até mesmo uma pena tocando nela é como uma faca a esfaqueando — disse a mãe de Poppy. — É tão difícil vê-la com tanta dor e saber que não há nada que possamos fazer para ajudá-la — desabafou.

O único tipo de alívio que a menina sentiu foi com um paracetamol intravenoso e um tratamento chamado “Scrambler”, que usa eletrodos para enviar sinais para a parte do corpo que sente dor e estimula o cérebro a perceber os estímulos como “normais”, sem dor. O tratamento, no entanto, só existe na Itália, e os resultados são temporários.

— Ela estava toda iluminada e feliz, mas quando voltamos para casa, depois de cerca de uma semana ou mais, a dor começou a voltar — detalhou Georgina.

Georgina e Poppy estão determinadas a aumentar a conscientização sobre a SDCR, uma condição que consideram mais comum do que se pensa. Elas defendem mais pesquisas e tratamentos acessíveis no Reino Unido, enquanto enfrentam a realidade de que, por enquanto, a luta de Poppy é gerenciar a dor, já que ainda não há cura para a Síndrome de Dor Complexa Regional.

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