RIO DE JANEIRO

Menino de 8 anos que saiu do coma após 16 dias vai ser recebido com festa por amigos e vizinhos

Guilherme Gandra recebe alta nesta ter-feira, após longo período de internação; reencontro com professora e amigos da escola será surpresa

Apesar de sofrer com uma doença rara, Guilherme Gandra, de 8 anos, é um aluno aplicado e participativo Apesar de sofrer com uma doença rara, Guilherme Gandra, de 8 anos, é um aluno aplicado e participativo  - Foto: Reprodução

Uma grande festa está sendo preparada para receber o menino Guilherme Gandra Moura, de 8 anos. Internado desde o dia 5 de junho, Gui, como é carinhosamente chamado, ficou conhecido após viralizar nas redes sociais. O vídeo em que aparece reencontrando a mãe logo após despertar de um período de 16 dias, em coma induzido, emocionou o Brasil. Foram mais de 50 milhões de visualizações na internet.

A recepção preparada pela professora Andrea Oliveira será no condomínio onde Gui mora com a mãe e o irmão, de 14 anos, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Além dos amiguinhos da escola e do condomínio, familiares e vizinhos foram convidados para celebrar a tão aguardada alta médica, prevista para a tarde desta terça-feira.

— As crianças prepararam cartazes de boas-vindas para recebê-lo e uma faixa também será estendida logo na entrada. Será uma recepção muito calorosa. Ele é muito amado. Estamos todos muito emocionados e contentes com mais essa vitória. O Gui é o nosso milagre! — comemora a professora. Não por acaso, essa foi a frase escolhida para estampar a faixa de boas-vindas.

Além de professora de Guilherme e do irmão dele, Andrea é amiga da família há mais dez anos. Responsável pela alfabetização do menino, ela conta que Gui é um aluno aplicado e muito comprometido.

— Mesmo nos momentos mais difíceis, ele não desiste. Ele sempre está pronto para as aulas de reforço. Às vésperas da internação, mesmo febril, ele veio à aula. Gui nos ensina o tempo todo.
 

Para tornar o momento ainda mais especial, os amiguinhos de sala de aula também foram convidados e estarão presentes na recepção.

— Fiz questão de ligar para os pais de cada um. Todos têm um carinho e cuidado com o Gui muito especiais. E é muito bacana ver isso. Eu tenho o privilégio de ser professora do Gui, ele é muito especial mesmo — declara Andrea.

Guilherme nasceu com epidermólise bolhosa, uma condição genética rara e autoimune que provoca graves ferimentos na pele. Por isso, necessita de muitos cuidados, pois qualquer interação física mais forte pode provocar ferimentos nele. Segundo os médicos, a doença não é contagiosa e não tem cura.

O menino ainda não sabe sobre a festa. Tudo está sendo preparado para surpreendê-lo. Guilherme também não imagina que ao deixar o hospital será escoltado por policiais rodoviários federais.

— Ele vai ficar muito feliz. Guilherme é uma criança comunicativa. Vai amar a surpresa e ainda reencontrar todos os amigos. Será muito emocionante — diz a professora.

Estevão Moura, pai de Guilherme, conta que o filho está ansioso para voltar para casa e só pensa em estar na companhia do irmão. Os dois costumam jogar vídeo games juntos, mas com o retorno das aulas, os irmãos só se estiveram juntos por algumas horas no fim de semana.

— Estou tão ansioso quanto ele. Foram momentos muito difíceis, mas estamos muito gratos por todo esse carinho e bençãos recebidas — afirma.

A lista de compromissos na agenda de Gui para os próximos dias é extensa. Além dos cuidados médicos, que incluem sessões de fisioterapia e acompanhamento com nutricionista, pediatra, dermatologista, o menino também tem na programação a visita ao Centro de Treinamento do Vasco, time de coração, para assistir aos treinos e o convite para entrar em campo com os jogadores, na próxima partida do time com a participação da torcida.

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