Metrô do Recife: categoria discute possível paralisação ou estado de greve nesta quinta (25)
A assembleia, organizada pelo Sindmetro-PE, acontece na Praça da Greve, na Estação Recife, bairro de São José, Centro da capital, a partir das 18h
Os metroviários do Grande Recife se reúnem nesta quinta (25) para discutir a possibilidade de paralisação do serviço ou de entrada em estado greve. A assembleia, organizada pelo Sindmetro-PE, acontece na Praça da Greve, na Estação Recife, bairro de São José, Centro da capital, a partir das 18h.
Em contato com a reportagem da Folha de Pernambuco, o sindicato afirmou que a maior probabilidade, no momento, é uma paralisação por 24 ou 48 horas. A votação pelo estado de greve, no entanto, não é descartada.
Leia também
• Filme "Mulher Original" traz realidade de pessoas trans, no Cineclube Casa Zero, em Recife
• Recém-nascida de 5 dias é morta com veneno para rato no Recife; pai é preso em flagrante
• Rodoviários cogitam nova greve no Grande Recife após rodada de negociação por reajustes
"Greve sempre é uma possibilidade porque é uma arma jurídica. É um instrumento político que temos para fazer alguma mudança sobre nossas demandas, que não são só salariais. Estamos falando de reajustes dos trens e de um reordenamento de fato em toda a CBTU. A greve é sempre algo que está a frente, mas, neste momento, não devemos deflagrar um estado de greve hoje ainda”, afirmou o vice-presidente do Sindmetro-PE, Valmir Assis.
De acordo com o sindicato o que internamente é que a categoria é favorável à paralisação por pelo menos 24 horas. Ainda assim, vale ressaltar que, no momento, tudo ainda não passa de uma possibilidade, até porque a questão depende de votação dos trabalhadores na assembleia.
Pautas discutidas
Na assembleia, a categoria vai discutir três diretrizes básicas. A primeira delas é o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que prevê questões de interesse direto para os metroviários, como reajuste salarial e condições de trabalho.
Há, ainda, a previsão de conversa sobre o Acordo Coletivo Especial (ACE), que vai trazer em pauta as questões que envolvem metroviários e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A discussão é importante porque pode assegurar que, caso o metrô seja privatizado, os trabalhadores vão ser remanejados para outras pastas públicas e não ficarão sem emprego.
Por fim, a categoria também vai conversar sobre a própria privatização do sistema.A medida é mal vista pelos trabalhadores, já que eles temem um movimento parecido com a concessão do transporte público por ônibus no Grande Recife para a iniciativa privada, que pode acarretar em demissões e mais insegurança.
O sucateamento do metrô, mais uma vez, vai ser pauta da categoria, que cobra maior investimento para o setor. Segundo o sindicato, desde 2016 a verba repassada apenas diminui, o que interfere diretamente no funcionamento do serviço.