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Concessão

Metrô do Recife: diretor-presidente da CBTU comenta sobre possível privatização do sistema

O gestor da Companhia Brasileira de Trens Urbanos esteve na capital pernambucana nesta quinta-feira (31)

José Marques, diretor-presidente da CBTU José Marques, diretor-presidente da CBTU  - Foto: Davi de Queiroz/ Folha de Pernambuco

O diretor-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), José Marques, esteve na Capital pernambucana, nesta quinta-feira (31), para o lançamento do novo projeto de comunicação visual do Metrô do Recife. Durante a visita, ele comentou sobre a possível privatização do sistema, que atende cerca de 200 mil usuários por dia na Região Metropolitana do Recife. 

No início deste mês, a Casa Civil da Presidência da República detalhou que o Governo Federal tem o interesse de realizar a concessão do Metrô do Recife à iniciativa privada num contrato de 30 anos

De acordo com a Casa Civil, o objetivo do projeto é melhorar a qualidade do serviço para os usuários e diminuir o tempo de deslocamentos. Isso sem alterar a tarifa vigente, que é de R$ 4,25. 

José Marques destacou que a companhia não faz parte do processo de decisão sobre a concessão do sistema. "A questão de como será o futuro da CBTU cabe ao ator político, que é o Governo Federal através da Casa Civil", iniciou o diretor-presidente. 

"A CBTU não participa das decisões de privatização. A participação da diretoria da CBTU é somente fornecer dados para o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Para nós, da CBTU, cabe administrar o que temos", completou. 

Segundo José Marques, é possível ter uma melhora no serviço do Metrô do Recife sem a privatização do sistema.

"Vocês sabem como era nosso serviço num momento de orçamento pleno. Temos condições e um exemplo são as operações que colocamos em prática".

O diretor-presidente não citou nomes das empresas, mas afirmou que há exemplos no Brasil de situações em que a iniciativa privada não cumpriu o que foi prometido, ao contrário da CBTU que foi responsável, no Recife, pela expansão da Linha Sul. 

"Começamos e terminamos. Houve um momento de falta de orçamento na expansão da Linha Sul, mas onde a CBTU entrou, ela começou e terminou o processo de expansão ferroviária", disse. 

Nos últimos anos, o serviço de transporte sobre trilhos sofre com déficit orçamentário constante para a execução das atividades. Os usuários convivem com falhas no sistema

A CBTU conseguiu um recurso em torno de R$ 100 milhões para investir no sistema. José Marques destacou a atenção dos ferroviários do Estado com a população.

"A população que usa o sistema há bastante tempo sabe o compromisso que os ferroviários da CBTU em Pernambuco têm com a população e o que oferecemos. Quem trabalha aqui faz por amor. As pessoas estão comprometidas com a melhora. Na hora que tiver o orçamento restaurado em sua totalidade, pode ter certeza que a população vai receber um serviço de qualidade", concluiu. 
 

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