TRANSPORTE NA RMR

Metroviários de Pernambuco entram em greve por tempo indeterminado

Decisão foi tomada durante assembleia geral realizada pela categoria 

Metroviários de Pernambuco deflagram greve por tempo indeterminado a partir das 22h desta quarta (2)Metroviários de Pernambuco deflagram greve por tempo indeterminado a partir das 22h desta quarta (2) - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Após assembleia geral realizada na noite desta quarta-feira (2), os metroviários de Pernambuco decidiram entrar em greve por tempo indeterminado

A categoria, que reivindica o cumprimento do acordo coletivo de trabalho firmado com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), se reuniu na Praça da Greve, no bairro de São José, área central da capital pernambucana. 

No local, cerca de 250 metroviários participaram da votação. A maioria presente votou de forma favorável à paralisação, que terá início às 22h desta quarta. 

Diariamente, o Metrô do Recife transporta cerca de 180 mil passageiros. Com a greve, todas as 36 estações ficarão sem operar segundo o Sindmetro-PE. 

“Nossa categoria está irritada com o que a empresa vem fazendo com os trabalhadores. Com a paralisação, acreditamos que vamos sensibilizar o governo e fazer com que ele volte atrás na sua posição de privatização”, afirmou o presidente do sindicato, Luiz Soares.

Agora, os trabalhadores esperam que a CBTU apresente uma proposta de negociação. “Caso isso não aconteça, vamos diretamente ao Governo Federal. Queremos fazer pressão e conseguir um bom acordo coletivo, além de tirar a CBTU do PND (Programa Nacional de Desestatização)”, avaliou Luiz.

Uma das principais reivindicações dos metroviários é o aumento do piso salarial. “Somos uma categoria com especialização e a base salarial está em torno de R$ 1.900. Nossa luta é por um piso de R$ 2.725”, destacou o vice-presidente do Sindmetro-PE, Assis Filho.

Os trabalhadores também buscam um reajuste salarial acima da inflação. “Não temos aumento real desde 2010. Propomos um reajuste de 25% e a empresa ofereceu 15% neste ano e mais 12% em 2024. Nós entramos em acordo, fechamos a questão e depois fomos comunicados que não era viável”. 

Segundo Assis, a categoria permanece aberta ao diálogo. “Nós queremos negociar, mas de forma justa. Precisamos que também seja cumprida a cláusula que garante estabilidade e transferência em caso de privatização. É um acordo que está nos mesmos moldes do que foi feito com a Infraero, nada de outro mundo”, completou.

Na sexta-feira (04), os metroviários voltam a se reunir em assembleia geral. Na data, a categoria deverá realizar uma caminhada pelas ruas do centro do Recife com destino ao Palácio do Campo das Princesas. Após a mobilização, marcada para às 18h, os trabalhadores realizarão uma nova votação para avaliar a manutenção da greve. 

Em nota, a CBTU lamentou a decretação de greve pelos metroviários e disse que, em relação às tratativas do Acordo Coletivo 2023/2024, se reuniu com a Secretaria de Coordenação das Estatais "e enviará nova proposta para análise".

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