México recebeu mais de 4 mil deportados na primeira semana de governo Trump
De janeiro a novembro de 2024, foram deportadas mais de 190 mil,ou seja, mais de 17,2 mil por mês
Na primeira semana do governo de Donald Trump nos Estados Unidos, o México recebeu cerca de 4 mil migrantes deportados, em sua maioria mexicanos, informou a presidente Claudia Sheinbaum nesta segunda-feira (27).
Apesar das promessas do presidente americano de realizar a maior onda de deportação de migrantes irregulares da História dos EUA, esses números estão no registro usual de cidadãos deportados do país vizinho, acrescentou a mandatária mexicana.
— De 20 a 26 de janeiro, 4.094 pessoas foram recebidas, a grande maioria delas mexicanas (...). Até o momento, não houve aumento substancial [nas expulsões] — disse ela em sua entrevista coletiva matinal.
Pouco mais de 190 mil pessoas foram deportadas para o México de janeiro a novembro de 2024, de acordo com dados do governo, ou seja, mais de 17,2 mil por mês.
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Após as divergências entre a Colômbia e os Estados Unidos no fim de semana sobre a questão dos migrantes deportados, Sheinbaum saudou o fato de que se chegou a um acordo para que Bogotá receba seus cidadãos e Washington não aplique tarifas.
— Nem as tarifas nem outros mecanismos são bons — afirmou.
Sheinbaum confirmou que o México recebeu quatro aviões com deportados na semana de 20 a 26 de janeiro, após a posse de Trump, que prometeu uma deportação histórica de estrangeiros sem documentos.
O republicano também ameaçou impor tarifas ao México e ao Canadá, seus parceiros no acordo comercial da América do Norte, o T-MEC, provavelmente a partir de 1º de fevereiro, se eles não pararem com a travessia de migrantes e contrabando de drogas através de suas fronteiras.
Os governos dos dois países estão mantendo conversações sobre a questão da migração que podem se estender a outras questões bilaterais, disse a presidente.
Por outro lado, a esquerdista afirmou que está analisando a participação do México na reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), convocada pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, para discutir a migração diante da ofensiva de Trump.