Michelle Obama pode ser candidata à presidência dos EUA? Entenda
Uma pesquisa mostra ela como a favorita dos eleitores registrados e com chances reais de vencer Trump
Com a desistência de Joe Biden de disputar a reeleição, o nome de Michelle Obama não demorou a ser especulado como possível candidata substituta.
A ex-primeira-dama é popular nos círculos democratas e não há nada que a impeça de disputar a eleição, mas Michelle já expressou, mais de uma vez, que não tem vontade de entrar para a política.
Michelle, esposa do ex-presidente Barack Obama, tem popularidade alta desde o tempo em que foi primeira-dama e poderia ser uma adversária forte contra Donald Trump em novembro.
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Uma pesquisa recente da Ipsos, empresa de pesquisa e consultoria, mostra ela como a favorita dos eleitores registrados e com chances reais de vencer Trump.
Apesar da popularidade, Michelle não quer disputar o cargo. "Política é difícil. As pessoas que entram nisso... você tem que querer. Tem que estar na sua alma, porque é muito importante. Não está na minha alma", disse ela no ano passado a Oprah Winfrey, no especial da Netflix "Nossa luz interior".
A posição da ex-primeira-dama não é nova. Michelle já havia falado diversas vezes, incluindo durante o governo de Obama, que não tem vontade de ser presidente. Ela reiterou essa posição nas eleições presidenciais de 2016 e 2020.
Quando o nome dela voltou a ser ventilado mais uma vez para a atual campanha no início deste ano, os assessores dela informaram à imprensa americana que ela mantinha a mesma opinião de antes.
"Como a ex-primeira-dama Michelle Obama expressou várias vezes ao longo dos anos, ela não será candidata à presidência", informou Crystal Carson, diretora de comunicação de Michelle.
A expectativa de muitos democratas, no entanto, é que Michelle use a popularidade para ajudar a campanha. Durante o processo que levou Biden à desistência, o marido, Barack Obama, teve papel importante nos bastidores democratas para pressionar o presidente e, logo após o comunicado de Biden, elogiou o presidente.
No entanto, o ex-presidente não endossou de imediato a escolha por Kamala Harris para líder da chapa, o que deixou incertezas sobre o papel na campanha deste ano.