Milei anunciará medidas econômicas de austeridade nesta terça
O presidente argentino liderou, nesta segunda, sua primeira reunião de gabinete, após reduzir o número de ministérios de 18 para 9
A Argentina se mantém na expectativa, nesta segunda-feira (11), um dia antes do anúncio das primeiras medidas econômicas de austeridade e cortes dos gastos públicos por parte do presidente ultraliberal Javier Milei, como informou o porta-voz a Casa Rosada, Manuel Adorni.
As medidas "serão comunicadas nesta terça-feira pelo ministro da Economia, Luis Caputo", disse o porta-voz em sua primeira coletiva de imprensa na sede presidencial, após a posse de Milei, no domingo (10).
Milei liderou, nesta segunda, sua primeira reunião de gabinete, após reduzir o número de ministérios de 18 para 9.
O Banco Central, cujo presidente ainda não tomou posse, anunciou que hoje o mercado cambial funcionará com a "regra de conformidade prévia a todas as operações de demanda", ou seja, com um mecanismo de operações autorizadas, transformando esta segunda em um virtual feriado bancário.
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Um sistema de controle cambial está em vigor na Argentina desde 2019, com meia dúzia de taxas de câmbio diferentes.
Milei, um economista libertário de 53 anos, assumiu no domingo a presidência da Argentina com a promessa de dar um tratamento de choque à economia do país, em crise, com uma inflação anualizada de mais de 140% e uma pobreza de 40%.
A reorganização fiscal "será a prioridade do governo", disse Adorni, ressaltando que o país atravessa um "estado de emergência", devido à inflação.
"Gastar mais do que tem acabou. 'Não tem dinheiro' não é uma frase feita. O equilíbrio fiscal será rigorosamente respeitado", declarou Adorni.
Milei disse que o corte de gastos será equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB).