Milei recebe Bolsonaro antes da transferência de governo na Argentina
Presidente eleito será empossado no domingo perante o Congresso argentino e receberá os atributos presidenciais de seu antecessor, Alberto Fernández
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, recebeu nesta sexta-feira (8) o ex-presidente Jair Bolsonaro, que apresentará na transferência de poder no dia 10 de dezembro.
“Foi uma reunião entre amigos”, disse Bolsonaro aos repórteres ao sair da reunião. "Ele fez um retrato de como está na Argentina (...). Ele está bem consciente, lógico, da tremenda responsabilidade que tem, visto a situação como se encontra em seu país".
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“Ele tem esperança, com o tempo que está se formando, de realmente encontrar o ponto de inflexão e a Argentina voltar a ser realmente um país economicamente reconhecido no mundo todo”, acrescentou.
Milei será empossado no domingo perante o Congresso argentino e receberá os atributos presidenciais de seu antecessor, Alberto Fernández.
Bolsonaro foi um dos apoios internacionais mais entusiasmados que o ultradireitista argentino recebeu durante uma prolongada campanha eleitoral, que culminou com sua vitória sobre o peronista Sergio Massa, no segundo turno de 19 de novembro.
“Não dou opinião sobre esse cara”, respondeu Bolsonaro quando a imprensa questionou sobre a ausência do presidente Lula nos eventos.
"Lula ladrão, seu lugar é na prisão!", entoava paralelamente um grupo que acompanhava o ex-presidente.
Lula, tratado como "corrupto" por Milei durante a campanha eleitoral, desistiu de comparecer à posse e invejou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, como representante oficial.
Outros líderes de extrema direita convidados por Milei para os eventos são o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e o líder do partido espanhol Vox, Santiago Abascal.
Bolsonaro, que passou para a Argentina junto com cinquenta governadores, legisladores e líderes políticos brasileiros relacionados, chegou à reunião com Milei depois de dar um passeio pela rua turística Florida.
"O mundo está muito dividido entre esquerda e direita. Sou um pouco radical nesse assunto. Eles não são adversários, são inimigos", havia declarado anteriormente à Rádio Mitre.