Religião

Milhares de muçulmanos rezam na mesquita Al-Aqsa de Jerusalém no início do Ramadã

Orações ocorreram em um ambiente tranquilo, apesar dos temores de novos episódios de violência no conflito israelense-palestino

Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islã, está situada na parte oriental de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel em 1967Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islã, está situada na parte oriental de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel em 1967 - Foto: Ahmad Gharabli / AFP

Dezenas de milhares de fieis muçulmanos participaram da oração desta sexta-feira (24) na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, a primeira desde o início do mês sagrado do Ramadã, em um contexto de tensão elevada entre israelenses e palestinos, segundo os correspondentes da AFP.

A Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islã, está situada na parte oriental de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel em 1967.

As orações ocorreram em um ambiente tranquilo, apesar dos temores de novos episódios de violência no conflito israelense-palestino, segundo as autoridades.

Azzam al-Jatib, o chefe do conselho do Waqf, a autoridade jordaniana que administra a Esplanada, disse à AFP que "as orações ocorrem de maneira pacífica".

O local já foi palco de combates violentos entre palestinos e israelenses no passado, especialmente durante o Ramadã, o mês de jejum obrigatório para os muçulmanos praticantes.

As autoridades israelenses contabilizaram o número de fieis em mais de 80 mil, enquanto os conselho do Waqf disse que 100 mil pessoas participaram da oração durante a tarde. A polícia israelense mobilizou 2.300 agentes na cidade.

Uma multidão entrou no recinto pelo portão Bab al-Silsila carregando tapetes de oração, segundo um corresponde da AFP. Alguns deles tiravam fotos em frente à cúpula dourada da mesquita.

O local é sagrado também para os judeus, que o chamam de Monte do Templo.

Um fotógrafo da AFP viu um homem mascarado com uma bandeira do braço armado do Hamas, o movimento islamista palestino que governa a Faixa de Gaza e é classificado por Israel como "terrorista".

Um cartaz gigante do Hamas foi exposto em um dos pórticos da Esplanada. A polícia israelense publicou um vídeo no qual é possível ver um de seus agentes sobre uma escada retirando o cartaz e as bandeiras.

"O Ramadã é o mês mais importante do ano e nada mais me importa que a mesquita Al-Aqsa", declarou Abud Hassan, um homem de 62 anos que viajou de Nablus, norte da Cisjordânia ocupada.

"Ninguém pode nos impedir de rezar na Al-Aqsa, graças a Deus. As orações de hoje ocorrem de maneira tranquila e sem problemas, graças a Deus", afirmou.

Um fotógrafo da AFP viu grandes filas no posto de controle de Qalândia, um dos principais pontos de passagem para Israel a partir da Cisjordânia ocupada.

As autoridades israelenses aliviaram as restrições para que os palestinos entrem em Jerusalém durante o Ramadã.

Desde o início do ano, o conflito israelense-palestino já tirou a vida de 87 palestinos (incluindo civis e membros de grupos armados), 14 israelenses (entre eles, membros das forças de segurança e civis), e uma ucraniana, segundo um balanço feito pela AFP baseado em fontes oficiais.

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