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Militares da Venezuela qualificam de "sediciosos" pedidos de opositores para apoiá-los

"Rejeitamos veementemente as declarações desesperadas e sediciosas contidas em um documento publicado nas redes sociais", disse o ministro da Defesa

Apoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro participam de uma marcha em apoio aos resultados eleitorais das últimas eleições presidenciais em Caracas em 5 de agostoApoiadores do presidente venezuelano Nicolás Maduro participam de uma marcha em apoio aos resultados eleitorais das últimas eleições presidenciais em Caracas em 5 de agosto - Foto: Yuri Cortez / AFP

As Forças Armadas da Venezuela ratificaram, nesta terça-feira (6), sua "absoluta lealdade" ao presidente Nicolás Maduro e tacharam de "desesperados e sediciosos" os pedidos de apoio da oposição, que denuncia fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho.

"Rejeitamos veementemente as declarações desesperadas e sediciosas contidas em um documento publicado nas redes sociais", disse o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, ao ler um comunicado do alto comando militar e policial do país caribenho.

Ele se referiu a uma carta aberta divulgada na segunda-feira pelos opositores Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, na qual eles pediam às forças de segurança que "ficassem do lado do povo" e cessassem a "repressão" aos protestos. González assinou a carta como "presidente eleito".

As manifestações da oposição deixaram pelo menos 11 civis mortos, de acordo com organizações de direitos humanos, e mais de 2.000 detidos. Dois militares morreram.

"Esses fatos e pedidos irracionais que buscam minar nossa unidade e institucionalidade, mas nunca terão sucesso", acrescentou Padrino.

"Ratificamos nossa absoluta lealdade ao cidadão Nicolás Maduro Moros (...), que foi legitimamente reeleito pelo poder popular para o próximo mandato presidencial 2025-2031, destacou."

Padrino, no cargo desde 2014, garantiu que as eleições presidenciais foram realizadas sob "os mais altos padrões de transparência" e apoiou o apelo do presidente esquerdista ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), pró-governo, para "certificar" os resultados.

O tribunal "terá a última palavra", disse ele.

Na segunda-feira, a promotoria abriu uma investigação criminal contra Gonzalez e Machado por supostamente "instigarem a insurreição", entre outros crimes, após a carta.

No domingo, uma semana após as eleições, Maduro parabenizou a "conduta exemplar" da Guarda Nacional, o órgão militar encarregado da ordem pública.

Em 2 de agosto, a autoridade eleitoral ratificou a reeleição de Maduro como presidente, com 52% dos votos contra 43% de Gonzalez Urrutia. A oposição denunciou fraude e publicou em um site cópias dos relatórios eleitorais que apoiariam a vitória de seu candidato, documentos rejeitados pelo chavismo.

O Conselho Nacional Eleitoral não publicou resultados eleitorais detalhados.

Durante sua campanha para um terceiro mandato que o projeta para 18 anos no poder, Maduro enfatizou repetidamente que tinha o apoio das Forças Armadas.

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