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Minas Gerais tem 299 focos de incêndio e sete unidades de conservação em chamas; veja mapa

Estado tem sofrido com as queimadas em florestas; mais da metade do fogo atinge a Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde não chove há 152 dias

Minas registrou 299 focos de incêndios florestais em um único diaMinas registrou 299 focos de incêndios florestais em um único dia - Foto: Divulgação/CBMMG

O fogo que tomou florestas Brasil afora tem deixado estragos também no sudeste. Em Minas Gerais, só nesta terça-feira (17), foram contabilizados 299 focos de incêndio. Os bombeiros do estado também registraram sete unidades de conservação em chamas.

Nas primeiras horas do dia, o número era ainda maior. Depois de 16 dias, o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro deixou a lista. Situado entre as cidades de Aporanga e Fervedouro, a reserva natural teve hoje os últimos pontos de fogo contidos por militares e brigadistas voluntários.

Outra unidade que chama a atenção é o Parque Estadual da Serra do Papagaio, localizado na Serra da Mantiqueira. No topo do ranking, a unidade de conservação está sob chamadas há 10 dias seguidos.

Na sequência, aparecem com sete dias ininterruptos de operação a Reserva Particular do Patrimônio Natural – Santuário do Caraça, entre Catas Altas e Santa Bárbara, e uma unidade de conservação municipal e particular, em Ferros.

Logo em seguida estão o Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte, e o Parque Estadual Serra do Cabral, no município de Joaquim Felício. Nos dois parques florestais, o fogo não dá trégua há cinco dias.

Por fim, está o Parque Nacional da Serra do Cipó, que abrange áreas de Jaboticatubas, Santana do Riacho, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro. Nessas localidades, já são dois dias de combate a ocorrências.

Dos quase 300 focos calculados, quase a metade deles está em locais da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ao todo, são 136 distribuídos entre os 34 municípios que compõem o entorno da capital mineira. Em BH, Belo, a fuligem proveniente das queimadas tomou conta da cidade e os moradores já relatam incômodo na respiração por conta da baixa umidade. Por lá, não chove há 152 dias.

'Tá impossível respirar em Belo Horizonte': há 150 dias sem chuva, capital mineira sofre com fumaça e fuligem

A previsão do tempo indica que a temperatura vai continuar próxima 30ºC nesta terça. A partir de quarta-feira (18), há uma remota possibilidade de chuva fraca em Belo Horizonte. Apesar disso, o mais provável é que a precipitação não seja expressiva.

Dessa forma, o fenômeno conhecido como “chuva preta” pode chegar à cidade nos próximos dias. Neste caso, a precipitação agrega a fuligem das queimadas na Amazônia, no Cerrado e em outros biomas, e se forma com a combustão incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e biomassa (madeira e resíduos agrícolas). A coloração escurece quando as gotas de chuva se misturam com partículas de fumaça e fuligem presentes na atmosfera.

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