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Saúde

Ministério da Saúde orienta que crianças que tomaram dose adulta de Pfizer sejam examinadas

Caso ocorreu em Lucena, na Paraíba; Pelo menos 48 crianças foram imunizadas antes da chegada de doses pediátricas

Marcelo Queiroga, ministro da saúdeMarcelo Queiroga, ministro da saúde - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recomendou que crianças que receberam a dose adulta da vacina da Pfizer passem por exames. Para o cardiologista, seria uma forma de garantir a segurança delas. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (17), na Paraíba, onde cumpre agenda.

Ao todo, cerca de 48 crianças menores de 11 anos foram afetadas. As doses teriam sido aplicadas uma semana antes da chegada das doses pediátricas da Pfizer, cujo primeiro lote desembarcou no Brasil na última quinta.

"Essas vacinas foram aplicadas de maneira inadvertida, é o que consideramos erro vacinal. São 48 crianças e incumbe às autoridades sanitárias locais e do Estado fazer essa vigilância", afirmou o ministro.

A prefeitura de Lucena, na região metropolitana de João Pessoa, confirmou a informação. Segundo a pasta divulgou em nota, foi “uma auxiliar que aplicou indevidamente e sem autorização vacinas” e “está pondo a disposição das famílias acompanhamento médico e monitorando as crianças”. O Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncia referente ao caso.

Conforme as orientações do ministério, devem ser aplicadas duas doses, intervalo de oito semanas. A pasta também desistiu de cobrar receita médica para a vacinação das crianças.

A aplicação das vacinas no público infantil deve seguir integralmente as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre os principais pontos, está o de que a vacinação do ocorra em local diferenciado ao dos adultos e que seja vedada a modalidade drive thru. Se possível, deve ser realizada em sala exclusiva para aplicação desse imunizante.

Também deverá haver intervalo de pelo menos 15 dias entre a administração da vacina contra a Covid-19, que deverá ser priorizada, e as demais do calendário infantil. Crianças também devem ser monitoradas por 20 minutos no local da aplicação da vacina.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer no público de 5 a 11 anos em 16 de dezembro e o ministério liberou a imunização 20 dias depois, em 5 de janeiro.

A composição das vacinas infantis é diferente da dos adultos e contém um terço da dose. Para distingui-las, os frascos terão as cores laranja e roxa, respectivamente.

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