Logo Folha de Pernambuco

CONTEÚDO DE MARCA

Ministério do Planejamento recomenda rejeição de projeto que legaliza cassinos e jogos de azar

Ministério mostra preocupações com legalização de jogos de azar

PexelsPexels - Foto:

O Ministério do Planejamento gerou polêmica ao recomendar a rejeição do projeto que propõe a legalização de cassinos físicos, bingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil.

No cenário digital, muitos cassinos online seguros já atuam no país de forma legal e responsável, atraindo cada vez mais apostadores. Saiba quando apostar e quando parar.

O país está em transição para a regulamentação das apostas, mas o Ministério do Planejamento levantou questionamentos sobre as modalidades mencionadas.

A pasta, liderada por Simone Tebet, demonstrou preocupações relacionadas à receita, às despesas discricionárias e obrigatórias, além de possíveis impactos econômicos e sociais.

"Apesar de seu caráter meritório ocorre num momento em que o governo federal se esforça para efetuar economia de despesas e flexibilização da gestão orçamentária”, destacou o Ministério do Planejamento em nota oficial.

O MPO ainda destacou que o projeto apresentado não tem estimativa de arrecadações e “impede a realização de estimativas robustas do que cada política beneficiada receberia na Lei Orçamentária da União - LOA, mais especificamente para os programas e ações de saúde relacionados à ludopatia”.

Senado adia decisão após falta de consenso

O Senado discutiu o projeto que legaliza os jogos de azar no Brasil, mas, sem chegar a um consenso, a decisão foi adiada. O senador Flávio Arns (PSB-PR), junto com a oposição, solicitou o adiamento, argumentando que o projeto não tem caráter de urgência.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) reforçou a crítica, afirmando: "Urgência é enfrentar e cuidar dos problemas da saúde pública. Urgência é enfrentar o problema da segurança pública no Brasil."

Diante disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou o adiamento da pauta. "Fica retirado de pauta. Fatalmente, incumbirá à próxima Mesa Diretora do Senado definir os desdobramentos em relação a esse projeto", declarou.

O projeto prevê a revogação do decreto de 1946, que proíbe os jogos de azar em território brasileiro desde sua implementação.

CCJ aprovou proposta

A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, autorizando a prática e exploração das seguintes modalidades: jogos de cassino, bingo, videobingo, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalos (turfe).

"Estamos vivendo um dilema no Brasil. Há quem defenda a manutenção dos jogos de azar controlados e dominados pelo crime organizado no país, e há aqueles, como eu, que defendem jogos responsáveis, controlados pelo poder público, geridos pelo governo e fiscalizados pelos órgãos competentes. Além disso, que possam arrecadar impostos e punir eventuais crimes de ilicitude", afirmou o senador Irajá (PSD-TO), relator da proposta.

Apesar da aprovação na CCJ, ainda é necessário alcançar um consenso no Senado. Os apoiadores argumentam que a legalização trará benefícios econômicos e aumento da receita tributária, enquanto a oposição manifesta preocupações sobre impactos sociais e riscos de lavagem de dinheiro.

O tema deverá voltar a ser debatido em 2025, enquanto as apostas esportivas começam a operar no país com regulamentação a partir de 1º de janeiro.

Veja também

Incêndios ''mais devastadores'' já registrados seguem sem controle na Califórnia
CHAMAS

Incêndios ''mais devastadores'' já registrados seguem sem controle na Califórnia

Astrônomos alertam sobre poluição luminosa de projeto energético perto de telescópios no Chile
CIÊNCIA

Astrônomos alertam sobre poluição luminosa de projeto energético perto de telescópios no Chile

Newsletter