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Coronavírus

Ministério Público pede responsabilização de Bolsonaro por quebrar isolamento durante visita ao Acre

Representação foi encaminhada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, em que pede responsabilização da comitiva do presidente por descumprir decreto estadual

Bolsonaro durante visita ao Acre em fevereiro de 2021Bolsonaro durante visita ao Acre em fevereiro de 2021 - Foto: Alan Santos/PR

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Acre querem processar a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por não cumprir as medidas de isolamento social em vigor durante visita ao estado.

Em representação encaminhada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, eles pedem a responsabilização da comitiva de Bolsonaro por descumprir o decreto estadual 7.849, que proíbe aglomerações de qualquer tipo e reforça a exigência de máscara facial.

Assim como diversos outros estados do país, o Acre sofre com a segunda onda de casos de Covid-19, agravada por enchentes em vários municípios. Em 24 de fevereiro, Bolsonaro visitou a capital, Rio Branco, e Sena Madureira, duramente golpeada por uma inundação.

"Pelas imagens amplamente divulgadas pela imprensa e pela própria assessoria de comunicação da Presidência da República, foram registrados diversos episódios de desrespeito às normas de isolamento social imposta pelo Poder Público estadual, editadas com a finalidade de reduzir a acelerada transmissão do novo coronavírus", afirma o MPF, via assessoria de imprensa.

"Os eventos ocasionaram aglomerações de pessoas, muitas delas sem o uso de máscaras de proteção facial e sem que o distanciamento social mínimo recomendado pelas autoridades sanitárias nacionais e estaduais fosse observado. O próprio presidente não utilizou máscara facial ou se manteve em distanciamento dos apoiadores e da população que dele se aproximavam, condutas reproduzidas por diversos membros de sua comitiva", diz a nota.

Além de Bolsonaro, foram representados os ministros Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fernando Azevedo (Defesa), Eduardo Pazuello (Saúde), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Gilson Machado Neto (Turismo), além do senador Márcio Bittar (MDB-AC).

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