DENGUE

Ministra da Saúde atualiza cenário da dengue

País chega a quase 2 milhões de casos nos primeiros três meses do ano

Nísia TrindadeNísia Trindade - Foto: Ricardo Stuckert/PR

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atualiza nesta quarta-feira o cenário epidemiológico de dengue no país. Ontem, Trindade sinalizou em reunião com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) que o número de cidades inclusas na campanha de vacinação contra a doença poderia ser ampliado.

A ministra afirmou que a revisão está sendo estudada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e que a decisão não cabe a ela.

Segundo o painel de arboviroses do ministério, de janeiro até aqui foram registrados 1.937.651 casos prováveis de dengue e 630 mortes em decorrência da infecção. Outros 1.009 óbitos estão em investigação. O número de casos vêm demonstrando queda nas últimas semanas.

Ministra pressionada
Trindade e o presidente Lula já se reuniram duas vezes nesta semana. A primeira ocasião foi a reunião da cúpula do governo, na segunda-feira, entre o presidente e os ministros. O segundo encontro entre os dois aconteceu na terça-feira, no Palácio da Alvorada, que contou também com a presença do secretariado da Saúde.

Ambas as agendas foram marcadas por cobranças de Lula à titular. Conforme o GLOBO apurou, o presidente cobrou melhorias na comunicação da pasta, mais viagens de Trindade pelo país e resolução da crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro.

Na semana passada, o GLOBO mostrou a pressão que Nísia vinha sofrendo de setores sindicais e da política por causa de uma portaria que daria mais poderes ao ex-diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) Alexandre Telles ao centralizar cargos e funções, como as compras, de seis hospitais federais do Rio.

A ministra exonerou Telles na segunda-feira, 18. Além dele, Trindade demitiu o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães, anteriormente nomeado para ser uma espécie de interventor nas unidades federais. Helvécio foi citado em uma reportagem do Fantástico no último domingo como um dos responsáveis por apadrinhamentos e nomeações sem critérios técnicos nos hospitais.

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