Ministro da Saúde do Equador renuncia após escândalo de vacina contra Covid-19
Ele é acusado de um suposto tráfico de influências depois que vários de seus familiares foram vacinados com as primeiras doses importadas pelo governo
O ministro da Saúde do Equador, Juan Carlos Zevallos, renunciou ao cargo, nesta sexta-feira (26), anunciou o presidente Lenín Moreno em meio a um escândalo pela aplicação da vacina contra Covid-19 em pessoas fora do combate à doença.
"Há aqueles que só enxergam erros. Respeito essa opinião. Eu prefiro lembrar do ministro que aceitou a difícil tarefa de conduzir a saúde do país na pior crise sanitária vivida pelo Equador e pelo mundo, e que com trabalho e sacrifício ajudou a salvar centenas de milhares de vidas", disse o presidente no Twitter.
Hay quienes solo ven errores. Respeto esa opinión. Yo prefiero recordar al ministro que aceptó la difícil tarea de conducir la salud del país en la peor crisis sanitaria que vive Ecuador y el mundo, y que con trabajo y sacrificio ayudó a salvar cientos de miles de vidas. pic.twitter.com/NDMCtmRQIg
— Lenín Moreno (@Lenin) February 26, 2021
Em uma carta divulgada pelo presidente junto à sua mensagem, Zevallos apresentou sua renúncia irrevogável ao cargo que ocupava há onze meses "dada a situação política atual e com o objetivo de possibilitar a continuidade" do plano de vacinação, iniciado em janeiro.
Leia também
• Argentina e México exigem acesso igualitário às vacinas contra a Covid-19
• Presidente afasta ministro da Saúde por vacinar amigos
• Novo coronavírus leva Equador a colapso sanitário
"As políticas de saúde permitirão que, até o fim de seu governo, mais de dois milhões de pessoas estejam vacinadas", acrescentou.
Zevallos, que assumiu o ministério da Saúde no pior da pandemia no Equador, é acusado de um suposto tráfico de influências depois que vários de seus familiares foram vacinados com as primeiras doses importadas pelo governo.
A Promotoria abriu a investigação depois de denúncias de diversos setores de que familiares do agora ex-ministro, entre eles sua mãe, que vivem em um lar de idosos de uma clínica privada, foram imunizados por parte de uma equipe de um hospital público de Quito.