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América Latina

Ministro da Saúde do Equador se infecta com a Covid-19

Sars-CoV-2Sars-CoV-2 - Foto: Pixabay

O ministro da Saúde do Equador, Mauro Falconí, que assumiu o cargo há uma semana em meio ao escândalo de distribuição de vacinas contra o coronavírus, anunciou nesta sexta-feira (26) que se contagiou com a covid-19.

"Informo que testei positivo para a #COVID19", escreveu no Twitter Falconí, que substituiu na sexta-feira passada Rodolfo Farfán, que renunciou alegando motivos pessoais.

Falconí, que foi diretor da Agência Nacional de Regulação, Controle e Vigilância Sanitária (Arcsa), informou que não foi vacinado.

"Nunca recebi a #VacinaCOVID19 pelo respeito que tenho aos meus colegas que enfrentam a pandemia na linha de frente e por isso esperava a minha vez", afirmou.


Segundo o governo, dois ex-ministros da Saúde e os titulares das pastas de Defesa, Turismo, Habitação, Economia e Energia receberam a vacina. Também foram imunizados Moreno, sua esposa e funcionários "considerados pessoal da linha de frente no cuidado" do mandatário, que tem uma deficiência que o obriga a se movimentar em cadeira de rodas.

O Equador, com 17,4 milhões de habitantes, registra mais de 321.000 casos e 16.632 mortos pela covid-19. Até agora, 152.700 pessoas receberam pelo menos a primeira dose da vacina anticovid.

Falconí é o terceiro ministro da Saúde que o governo do presidente Lenín Moreno nomeia em um mês e a partir das críticas contra a aplicação de vacinas anticovid em pessoas que não integram os grupos prioritários.

O escândalo estourou quando o ex-ministro Juan Carlos Zevallos admitiu que sua mãe, de 87 anos, e várias pessoas do seu entorno foram vacinadas contra o coronavírus com as primeiras doses recebidas pelo Equador.

Também veio à tona que acadêmicos, políticos veteranos, jornalistas e dirigentes esportivos também foram vacinados quando, segundo o plano do governo, os primeiros a receber as doses deviam ser os trabalhadores de saúde da linha de frente e centros geriátricos.

Entre fevereiro e março, sete funcionários renunciaram ao gabinete de Moreno, entre eles dois ministros da Saúde, os titulares do Governo (Interior), Chancelaria, Comunicação Ambiente e o secretário da Presidência.

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