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Minas Gerais

Ministro de Lula diz que acordo de Brumadinho serviu de "projeto de reeleição" para Zema

Em meio a negociação do acordo de Mariana, governador respondeu críticas de Alexandre Silveira (PSD)

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira  - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O acordo de repactuação de Mariana virou um novo episódio de troca de farpas entre o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

Tudo começou no último sábado quando o integrante do governo federal afirmou que a negociação não iria "replicar erros" do acordo de Brumadinho e acusou Zema de ter usado este como "projeto eleitoral", o governador.

Nesta terça-feira (23), o governador rebateu, chamando Silveira de "alienado".

Ele também aproveitou a ocasião para criticar as medidas tomadas pela ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-governador Fernando Pimentel, ambos do PT, após o rompimento da barragem em novembro de 2015.

— Isso demonstra a total alienação do ministro porque esse acordo está sendo feito porque o então governo Dilma e (Fernando) Pimentel, quando ocorreu a tragédia de Mariana há nove anos criaram a Renova, uma fundação que visava ressarcir os atingidos e o estado de Minas Gerais. Essa fundação até hoje já consumiu R$ 30 milhões e eu não vi nenhum hospital, nenhuma estrada. Nós mostramos que o acordo de Brumadinho funciona. Talvez ele esqueceu a história, o passado. Talvez ele sofra de amnésia, mas era bom recordar que existe uma fundação feita pelo PT de Minas e não entregou nada — disse Zema.

A declaração do governador foi dada nesta terça-feira, durante um evento do varejo em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

No último sábado, em agenda com o prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), Alexandre Silveira fez suas críticas ao acordo de Brumadinho, outra tragédia que acometeu o estado em 2019, e culpabilizou Zema.

— O que foi feito em Brumadinho foi um acordo que não foi correto com o Meio Ambiente. O acordo serviu muito mais a um projeto de reeleição do atual governador do que de reparação dos danos ambientais, sociais e materiais das 272 vítimas fatais daquele acidente — disse o ministro.

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