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guerra no oriente médio

Ministro do Gabinete de guerra de Israel pede eleições antecipadas, e premier reage

Projeto de lei para dissolver o Parlamento foi apresentado nesta quinta-feira pela aliança política de oposição Unidade Nacional, liderada por Benny Gantz; pleito é previsto para 2026

Israelenses protestam contra o governo do permier Benjamin Netanyahu em frente ao Parlamento, em JerusalémIsraelenses protestam contra o governo do permier Benjamin Netanyahu em frente ao Parlamento, em Jerusalém - Foto: Menahem KAHANA / AF

A aliança política de oposição Unidade Nacional, do ministro do Gabinete de guerra israelense Benny Gantz, disse nesta quinta-feira (30) que apresentou um projeto de lei para dissolver o Parlamento e realizar uma eleição antecipada. A iniciativa foi fortemente criticada pelo Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com quem Gantz fechou um acordo para a criação de um governo de emergência e unidade nacional em outubro, após o ataque terrorista do Hamas contra Israel.

“A chefe do Partido da União Nacional, Pnina Tamano-Shata, apresentou um projeto de lei para dissolver o 25º Knesset. Isso segue o pedido do líder do partido, o ministro Benny Gantz, para avançar em um amplo acordo para uma eleição antes de outubro, um ano após o massacre", disse o partido em um comunicado.

O partido de direita Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, respondeu que “a dissolução do governo de coalizão é uma recompensa para [o líder do Hamas em Gaza, Yahya] Sinwar, uma capitulação à pressão internacional e um golpe fatal nos esforços para libertar nossos reféns”.

Uma eleição não está programada antes do último trimestre de 2026 e o Likud já advertiu anteriormente que a realização de uma eleição mais cedo prejudicaria a luta do Exército israelense contra o Hamas em Gaza.

Em 18 de maio, Gantz ameaçou renunciar ao Gabinete de guerra, principal termo para o acordo entre o governo e a oposição, a menos que Netanyahu aprovasse um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza.

"O Gabinete de guerra deve formular e aprovar até 8 de junho um plano de ação que levará à realização de seis objetivos estratégicos de importância nacional (ou) seremos forçados a renunciar ao governo" declarou Gantz na ocasião, referindo-se ao seu partido, em um discurso televisionado dirigido a Netanyahu.

Segundo o líder da União Nacional, as seis metas incluíam derrubar o Hamas, garantir o controle da segurança israelense sobre o território palestino e trazer de volta os reféns israelenses.

"Além de manter o controle da segurança israelense, estabelecer uma administração americana, europeia, árabe e palestina que administrará os assuntos civis na Faixa de Gaza e estabelecerá as bases para uma alternativa futura que não seja o Hamas ou [o presidente palestino Mahmud] Abbas" acrescentou.

Ele também pediu a normalização dos laços com a Arábia Saudita “como parte de um movimento geral que criará uma aliança com o mundo livre e o mundo árabe contra o Irã e seus afiliados”.

Netanyahu também foi criticado pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, por não ter descartado a possibilidade de uma ocupação israelense em Gaza após a guerra.

A guerra de Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro ao sul de Israel, que resultou na morte de 1.189 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses. O grupo armado palestino também fez 252 reféns, 121 dos quais permanecem em Gaza, incluindo 37 que as Forças Armadas diz estarem mortos.

A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 36.224 pessoas em Gaza, a maioria civis, de acordo com o ministério da saúde do território administrado pelo Hamas.

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