Gaza

Ministro israelense revela plano para Gaza depois da guerra

Gallant apresentou as linhas gerais do plano à imprensa antes de submetê-lo ao gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

Gallant apresentou as linhas gerais do plano à imprensa antes de submetê-lo ao gabinete de guerra Gallant apresentou as linhas gerais do plano à imprensa antes de submetê-lo ao gabinete de guerra  - Foto: Zain Jaafar/AFP

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou, nesta quinta-feira (4), um plano de "pós-guerra" para a Faixa de Gaza, segundo o qual não haverá "nem Hamas" nem "administração civil israelense" no território palestino.

Gallant apresentou as linhas gerais do plano à imprensa antes de submetê-lo ao gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que esteve dividido nas últimas semanas sobre o curso da guerra contra o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.

Segundo o plano, as operações no território "vão continuar" até a "devolução dos reféns", o "desmantelamento das capacidades militares e do governo do Hamas", e "a eliminação das ameaças militares na Faixa de Gaza".

Isso será seguido de outra fase, a do "dia depois" da guerra, na qual "o Hamas não vai controlar Gaza", de acordo com o plano, que ainda não foi adotado pelo governo.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, pediu na segunda-feira o retorno dos colonos judeus a Gaza após uma guerra e um "incentivo" aos palestinos para emigrar, após um chamado semelhante de seu colega de extrema direita Bezalel Smotrich.

Mas Gallant afirmou hoje que "não haverá presença civil israelense na Faixa de Gaza uma vez que os objetivos da guerra tenham sido alcançados". Contudo, esclareceu que o Exército vai manter a sua “liberdade de ação” no território para enfrentar qualquer ameaça.

"Os habitantes de Gaza são palestinos. Em consequência, as entidades palestinas vão se carregar [da gestão] com a condição de que não haja nenhuma ação hostil ou ameaça contra o Estado de Israel", acrescentou Gallant.

No entanto, ele não detalhou quais palestinos vão governar o território de 2,4 milhões de habitantes.

O plano do ministro da Defesa foi apresentado na véspera de uma visita ao Oriente Médio do secretário de Estado americano Antony Blinken, em busca de conter a propagação da guerra entre Israel e Hamas.

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