Ministro recomenda uso de máscara e reforço de vacina por aumento da Covid-19 em Cuba
Com uma população de 11,2 milhões de habitantes, até agora Cuba registrou 1.111.918 infectados desde o início da pandemia
O ministro de Saúde Pública cubano, José Angel Portal, recomendou nesta quarta-feira (28) o uso de máscara em locais públicos e a obrigatoriedade da vacinação de reforço para pessoas vulneráveis, em meio ao aumento de casos de Covid-19 em Cuba.
"Embora ainda não sejam números alarmantes (...), neste momento em que 98,6% da população vacinável tem o esquema completo de vacinação, é imprescindível reforçar muitas das medidas", disse o titular da pasta em um informe apresentado na terça-feira (27) ao governo e publicado no site do Ministério.
"Desde meados de novembro, foram confirmados 526 novos pacientes, com uma média de 13 diagnósticos por dia. A mortalidade neste período se manteve em zero, já que, há 18 semanas, nenhum paciente morreu por covid em Cuba", detalha o boletim.
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Portal recomendou que se adote medidas de distanciamento e de proteção, como "o uso de máscara e a lavagem das mãos".
"Decidiu-se começar a aplicação de doses de reforço com nossas vacinas em grávidas no último trimestre de gestação" e administrar "uma nova dose de reforço à população de risco e aos maiores de 70 anos", afirmou.
Com uma população de 11,2 milhões de habitantes, até agora Cuba registrou 1.111.918 infectados desde o início da pandemia em março de 2020. Deste total, 8.530 pessoas morreram, e 1.103.209 se recuperaram, segundo números oficiais.
Depois de receberem doses dos três imunizantes cubanos – Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus –, mais de 10,03 milhões de pessoas têm o esquema vacinal completo, e 8,6 milhões receberam doses de reforço.
Apesar da efetividade demonstrada e de já serem aplicadas em vários países, como México, Irã e Vietnã, as vacinas cubanas ainda aguardam a aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Recentemente, o presidente do grupo estatal BioCubaFarma, Eduardo Martínez, disse ao jornal oficial "Granma" que o que está demorando é "a visita dos especialistas da OMS às fábricas, onde são produzidas as vacinas".
Segundo ele, o novo complexo biotecnológico de Mariel, inaugurado em janeiro passado, está atrasado com o início de seus trabalhos. Isso se deve à "recusa de vários bancos a realizarem operações de transferência", devido às restrições impostas pelo embargo comercial dos Estados Unidos.