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Ministros da UE buscam acordo sobre reforma migratória

Reforma foi lançada há três anos, em busca de um consenso para que os países do bloco compartilhem a responsabilidade pela recepção aos migrantes ou de cobrir os custos

Conselho de Justiça e Assuntos Internos na sede da UE em BruxelasConselho de Justiça e Assuntos Internos na sede da UE em Bruxelas - Foto: John Thys/AFP

Os ministros do Interior da União Europeia (UE) iniciaram, nesta quinta-feira (28), uma reunião em Bruxelas para tentar avançar na reforma da política migratória comum e dialogar com seus homólogos latino-americanos de Segurança.

“Creio que estamos muito perto de um acordo”, disse o ministro espanhol do Interior, Fernando Grande-Marlaska, cujo país exerce a presidência semestral do Conselho da UE.

O ministro disse que espera “dar uma boa notícia ao fim do dia”.

A paralisação virtual de nossos esforços para reformar o pacto sobre política migratória é motivo de frustração no bloco, que enfrenta um aumento no número de chegadas de migrantes irregulares.

Essa reforma foi lançada há três anos, em busca de um consenso para que os países do bloco compartilhem a responsabilidade pela recepção aos migrantes ou de cobrir os custos.

Entre as principais propostas se destaca ampliar o período de contenção dos migrantes irregulares de 12 a 20 semanas, e acelerar as análises dos pedidos de asilo.

Em julho, o bloco declarou um grande esforço para aprovar e implementar a reforma, mas a tentativa fracassou por falta de votos necessários, em particular, pela abstenção da Alemanha.

Nesta quinta-feira, Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia (braço Executivo da UE) expressou entusiasmo “com os sinais” que chegam da Alemanha.

De acordo com a imprensa alemã, o governo decidiu que não bloquearia a reforma, como fez em julho.

A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, disse, ao chegar à reunião, que estava "otimista sobre as possibilidades de alcançar um bom resultado".

Coordenação com latino-americanos
A reunião desta quinta inclui os ministros do Comitê Latino-americano de Segurança Interna (Clasi).

“Nos importa a relação com a Europa porque (...) podemos nos ajudar a pensar em muitas coisas e também porque podemos ajudar”, disse o ministro argentino de Segurança, Aníbal Fernández.

Ele fez questão de "muito da droga que chega [à Europa] parte da América. Se tudo para trabalhos com outros países, e com políticas contextuais, há respostas melhores do que imaginamos".

A reunião de ministros da UE e da Clasi deve resultar, segundo Fernández, uma declaração conjunta que expressa que "estamos comprometidos a nos comprometer mais e a criar um trabalho permanente".

Para Eduardo del Castillo, ministro de Governo da Bolívia, "a única forma de obter melhores resultados em matéria de [combate ao] crime organizado é trabalhar de maneira conjunta".

Jonathan Riggs Tapia, vice-ministro de Segurança do Panamá, indicou que a reunião serviria para "unificar critérios na luta contra o crime organizado" e melhorar a cooperação de instituições policiais.

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