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Missão da Nasa que simula Marte chega ao fim após mais de um ano, e tripulação deixa bunker; vídeo

Grupo de quatro pessoas vai viver e trabalhar por um ano em um ambiente simulando as condições de Marte, sem contato com ninguém do lado de fora

Missão que simula ambiente de Marte chega ao final após 1 ano Missão que simula ambiente de Marte chega ao final após 1 ano  - Foto: Divulgação Nasa

A simulação da Nasa que reproduziu as condições de uma missão a Marte chegou ao fim após 378 dias, nos Estados Unidos. A tripulação de quatro voluntários deixou o bunker do Johnson Space Center em Houston, no Texas, na tarde de sábado.

Eles entraram no local em junho de 2023 como parte da missão que busca entender os impactos na saúde e o desempenho físico, social e mental da tripulação em condições similares as quais seriam vividas no planeta vermelho.

Os 378 dias dentro da estrutura passaram sem incidentes. Nos meses de confinamento, a equipe formada por Kelly Haston, Anca Selariu, Ross Brockwell e Nathan Jones cultivou e colheu vegetais dentro do habitat de 158 metros quadrados, incluindo tomates, pimentões e folhas verdes.

A equipe também participou de uma série de simulações de caminhadas externas no “solo de Marte”, além de uma série de pesquisas científicas nas áreas biológicas e físicas.

"Podemos fazer essas coisas juntos. Podemos usar os nossos sentidos de admiração e propósito para alcançar a paz e a prosperidade e para desbloquear conhecimento e alegria para o benefício de todos em todas as partes do planeta Terra", disse Ross Brockwell após deixar o confinamento.
 

Durante futuras missões a Marte, as previsão é que os alimentos sejam enviados antes da tripulação, limitando a possibilidade de mudanças ou reabastecimento. Ou seja, não haverá como enviar frutas e vegetais frescos ou menus personalizados para os astronautas, como é feito hoje com as entregas espaçonaves de reabastecimento para a Estação Espacial Internacional.

— Sabemos que a escolha alimentar se torna mais importante para a tripulação à medida que a duração da missão aumenta, e é importante compreender como estas restrições se relacionam com a ingestão nutricional, saúde e desempenho antes de as implementarmos em missões que requerem meses para a tripulação regressar à Terra — disse Grace Douglas, investigadora principal da CHAPEA.

Durante as simulações, os membros da tripulação também fizeram operações robóticas, manutenção de habitat, higiene pessoal e exercícios físicos. Para ser o mais realista possível em relação a Marte, a tripulação também enfrenta fatores de estresse ambiental, como limitações de recursos, isolamento e falhas de equipamento.

Mensagens trocadas entre a tripulação da missão e os cientistas da Nasa demoravam cerca de 20 minutos para chegarem até os receptores. O delay é semelhante ao que seria vivido por astronautas no planeta vermelho.

Segundo a Nasa, os resultados obtidos com o projeto poderão ajudar a determinar a melhor forma de assegurar a saúde e o bom desempenho da tripulação enquanto vive em Marte durante uma missão de exploração de longa duração.

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