Mísseis de longo alcance dos EUA na Alemanha indicam retorno da "Guerra Fria", diz Kremlin
A Casa Branca anunciou na quarta-feira que, a partir de 2026 e de forma pontual, os Estados Unidos vão implantar novos mísseis na Alemanha para fins de dissuasão
O plano dos Estados Unidos de instalar periodicamente mísseis de longo alcance na Alemanha levará a um confronto ao estilo da Guerra Fria entre a Rússia e o Ocidente, afirmou o Kremlin nesta quinta-feira (11).
"Estamos dando passos firmes em direção à Guerra Fria. Todos os atributos da Guerra Fria com uma confrontação direta estão retornando", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, a um repórter da TV estatal.
A Casa Branca anunciou na quarta-feira que, a partir de 2026 e de forma pontual, os Estados Unidos vão implantar novos mísseis na Alemanha para fins de dissuasão, os quais terão um alcance maior do que aqueles atualmente instalados por Washington na Europa.
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Os países da aliança militar, liderados pelos Estados Unidos, reforçaram suas defesas na Europa na esteira da ofensiva russa contra a vizinha Ucrânia iniciada em 2022.
"Tudo isso está sendo feito para garantir nossa derrota estratégica no campo de batalha", afirmou o Peskov.
"Isso não é motivo para pessimismo, pelo contrário, é motivo para nos unirmos e usarmos todo o nosso enorme potencial para alcançar todos os objetivos que estabelecemos no âmbito da operação militar especial na Ucrânia", acrescentou.
Por sua vez, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu nesta quinta-feira a decisão de Washington, que considerou "necessária, importante e no momento certo", apesar do crescente temor de uma nova corrida armamentista.