Mito ou verdade: abacate realmente faz bem para o coração? Novo estudo americano responde
Estudo publicado Jornal da Academia de Nutrição e Dietética analisou 10 estudos com milhares de participantes
O excesso de peso e a má alimentação são fatores de risco comuns para doenças cardiovasculares. Pessoas que não se alimentam bem e não se exercitam regularmente precisam mudar comportamentos. Em um estudo recente publicado no Jornal da Academia de Nutrição e Dietética, pesquisadores revisaram os efeitos da ingestão de abacate nos fatores de risco cardiometabólicos.
A fruta é rica em gorduras insaturadas e seu consumo pode influenciar os fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares. Os relatórios sugerem que os consumidores de abacate na Austrália e nos Estados Unidos (EUA) tiveram maior ingestão de ácidos graxos mono-insaturados e poli-insaturados, vitamina E, fibras, potássio e magnésio, e menor ingestão de alimentos não saudáveis.
Os pesquisadores analisaram 10 estudos, incluindo um de coorte prospectivo e nove estudos de intervenção (ensaios clínicos randomizados). Os ensaios incluíram 503 participantes e relataram os efeitos do consumo de abacate em diversos resultados.
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Entre os participantes, em três estudos foram incluídos apenas mulheres, quatro deles tinham indivíduos com sobrepeso/obesidade, dois recrutaram pessoas com hipercolesterolemia e dois recrutaram indivíduos diabéticos com hipertrigliceridemia.
Os estudos foram realizados durante três a 24 semanas. As doses/quantidades de abacate variaram de 99 gramas a 330 gramas por dia. Além das dietas de intervenção e controle, outras dietas incluíam dietas moderadas em gordura, habituais, ricas em ácidos graxos mono-insaturados e com restrição energética.
O estudo de coorte prospectivo incluiu mais de 55.000 participantes que foram acompanhados por quatro a 11 anos.
Os cientistas afirmaram que não houve diferenças significativas no colesterol ruim (LDL) entre os grupos do abacate e controle. Entretanto, houve diferenças significativas entre os subgrupos, por exemplo, o colesterol ruim diminuiu significativamente no grupo do abacate em comparação com o grupo de indivíduos hipercolesterolêmicos. Além disso, o colesterol total foi significativamente menor também nos consumidores de abacate.
Não foram observadas diferenças significativas nos triglicerídeos ou no colesterol bom (HDL) entre os grupos.