Mobilização em refinarias da França perde força após três semanas de greve
Embora continue a incerteza sobre o abastecimento de combustível no país, paralisações foram suspensas em várias unidades da TotalEnergies
A mobilização nas refinarias francesas da TotalEnergies começou a perder força, após três semanas de bloqueios, com a suspensão da greve em várias unidades nesta quarta-feira (19), embora persista a incerteza sobre o abastecimento de combustível no país.
A greve foi suspensa na refinaria de Donges (oeste) e em outras duas instalações petroleiras nas regiões Norte e Bouches-du-Rhône, embora a mobilização tenha sido retomada em outras duas unidades na Normandia e no Rhône, informou o sindicato CGT, que convocou a greve para exigir aumentos salariais em um contexto de forte inflação e grandes lucros para a Total devido ao aumento dos preços dos combustíveis ligado à guerra na Ucrânia.
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Na sexta-feira (14), houve um acordo de aumento salarial entre a empresa e outros dois sindicatos majoritários - CFDT e CFE-CGC-, mas a CGT exige um aumento de 10%.
Segundo o delegado sindical da CGT Pedro Afonso, a direção geral da TotalEnergies permitirá que as direções locais negociem com os grevistas para encerrar o conflito trabalhista.
"A situação continua melhorando claramente", afirmou a primeira-ministra Elisabeth Borne. Um total de 20,3% dos postos de gasolina, contra quase um terço no último fim de semana, continuavam hoje sem gasolina ou diesel, com a situação mais tensa em determinadas regiões, segundo o Ministério de Transição Energética.