Rio de Janeiro

Modelo Bruno Krupp vira réu por atropelamento de adolescente no Rio

Decisão destacou quadro médico do modelo, que segundo a Seap está 'melhor que no início da internação'

Bruno KruppBruno Krupp - Foto: Reprodução / Redes sociais

O Tribunal de Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público contra o modelo e influenciador digital Bruno Krupp, de 25 anos, por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Ele foi denunciado depois de atropelar e provocar a morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no dia 30 de julho.

A decisão foi antecipada pela coluna do jornalista Ancelmo Gois. Sem habilitação, Bruno pilotava uma moto em alta velocidade na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Na decisão, o juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal da Capital também manteve a prisão preventiva do modelo.

"Destaco ainda que, conforme informado pela Seap, quanto ao estado de saúde, o acusado está 'melhor que no início da internação'. Assim, nada indica risco de vida que justifique a revogação da prisão.Por todos esses motivos, indefiro os pleitos libertários e mantenho a prisão preventiva", disse o juiz na decisão.

Nesse caso, o magistrado faz referência a um habeas corpus que a defesa de Krupp impetrou no início da semana e que falava que o estado de saúde do modelo tinha piorado. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), no entanto, divulgou comunicado informando que Krupp estava bem e seguia internado em uma Unidade de Pronto Atendimento penitenciária.

O acidente aconteceu por volta das 23h do dia 30 de agosto a Avenida Lúcio Costa, altura do Posto 3. Ao ser atropelado por Bruno Krupp, que, segundo investigação estava a mais de 150 km/h , João Gabriel teve uma perna decepada e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.

Bruno Krupp deu entrada no Hospital Marcos Moraes no domingo, dia 31, após ter alta do Hospital Lourenço Jorge, também na Barra, para onde foi levado em ambulância do Corpo de Bombeiros com João Gabriel após o acidente.

Segundo o prontuário médico, ao ser avaliado no Marcos de Moraes, Bruno apresentava quadro estável, movimentando os quatro membros, respirando em ar ambiente, lúcido e orientado, apresentando múltiplas escoriações pelo corpo. Suas tomografias computadorizadas de crânio, coluna cervical e joelho foram avaliadas pelos serviços de neurocirurgia e ortopedia do hospital, que descartaram qualquer sinal de fraturas, inclusive liberando o paciente do uso de colar cervical.

A família do modelo, no entanto, contratou o médico Bruno Nogueira Teixeira como assistente do caso. No dia 17 de agosto, o delegado Aloysio Berardo Falcão de Paula Lopes, adjunto da 16ª DP (Barra da Tijuca), indiciou o profissional por fraude processual porque ele teria mudado, de maneira fraudulenta, mediante laudo e pedido de internação do paciente em UTI, o estado de saúde do modelo.

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