Morre homem que teve 90% do corpo queimado em explosão de Zona Oeste do Rio
Raí Bittencourt estava internado no Hospital Albert Schweitzer desde o último dia 27 de dezembro
O homem que teve 90% do corpo queimado após uma explosão em um Ciep em Bangu, na Zona Oeste do Rio, não resistiu aos ferimentos e morreu no último domingo, dia 31. Raí Bittencourt, de 19 anos, ficou gravemente ferido ao tentar furtar a tubulação de gás da escola. Ele estava internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, desde o último dia 27. Segundo a 34ª DP (Bangu), ele autuado em flagrante no dia do crime e o caso foi encaminhado à Justiça.
O caso ocorreu no Ciep Professora Célia Martins Menna Barreto, localizado na Rua Mongólia. A explosão aconteceu na noite da última quarta-feira, dia 27. Bombeiros do quartel de Realengo foram acionados às 23h15.
Agentes da Defesa Civil e vistoriaram a estrutura que ficou bem danificada. A cozinha e parte do refeitório foram interditados, mas não verificaram risco de desabamento. O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu) e a perícia foi acionada.
O homem foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, a cerca de seis quilômetros da escola, onde a explosão aconteceu. A direção do Hospital Municipal Albert Schweitzer informa que o estado de saúde do paciente é grave.
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Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o secretário municipal de Educação Renan Ferreirinha mostrou o impacto da explosão. Ele estima que o custo para reformar o espaço seja de R$ 700 mil e que as obras não devem prejudicar o próximo ano letivo.
"É o impacto do absurdo da ganância humana quando é gerada através da violência. A cozinha está completamente danificada. Esse dinheiro não cai do céu. Tudo isso aqui é fruto de dinheiro público" disse na ocasião.
Engenheiro e presidente da Abraipe, associação das empresas que fiscalizam segurança das instalações de gás, Jorge Olmar afirma que o caso poderia ter consequências ainda mais graves, e serve de alerta:
" O gás se torna extremamente perigoso quando se acumula num ambiente sem exaustão, bastando acender um interruptor para a ignição. O poder da explosão é proporcional ao gás acumulado, e pode facilmente abalar a estrutura da construção" explicou.