Morre Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema direita na França
O fundador da Frente Nacional (FN) em 1972, conhecido pelos seus comentários xenofóbicos e antissemitas, chocou a França em 2002 ao ir para o segundo turno da eleição presidencial
Jean-Marie Le Pen, líder histórico da extrema direita na França, morreu nesta terça-feira (7) aos 96 anos, informou sua família em um comunicado enviado à AFP.
Le Pen, que estava internado em uma casa de repouso há várias semanas devido à sua saúde debilitada, morreu ao meio-dia "cercado por sua família", indicou a nota.
O fundador da Frente Nacional (FN) em 1972, conhecido pelos seus comentários xenofóbicos e antissemitas, chocou a França em 2002 ao ir para o segundo turno da eleição presidencial, que perdeu para o conservador Jacques Chirac.
Leia também
• França pede a seus cidadãos que não viajem ao Irã até a libertação de seus 'reféns'
• França identifica primeiro caso de nova variante da mpox
• Dezenas de soldados ucranianos desertaram durante treinamento na França
Em 2011, entregou as rédeas do partido à sua filha Marine Le Pen, que o rebatizou de Reagrupamento Nacional (RN) em 2018 e se esforçou para moderar a imagem da formação.
"Depois de ter servido no exército francês na Indochina e na Argélia, e como tribuno do povo na Assembleia Nacional e no Parlamento Europeu, esteve sempre ao serviço da França e defendeu a sua identidade e soberania", escreveu na rede X o presidente do RN, Jordan Bardella.
Jean-Marie Le Pen est mort.
— Jordan Bardella (@J_Bardella) January 7, 2025
Engagé sous l’uniforme de l’armée française en Indochine et en Algérie, tribun du peuple à l’Assemblée nationale et au Parlement européen, il a toujours servi la France, défendu son identité et sa souveraineté.
Je pense aujourd’hui avec tristesse à…
Após o marco histórico de seu pai em 2002, Marine Le Pen também disputou o segundo turno presidencial em 2017 e 2022, vencido por Emmanuel Macron, mas se estabeleceu como uma política central na França.
O histórico líder da extrema direita teve um problema cardíaco em abril de 2023 e um ano depois a Justiça nomeou as suas três filhas – Marine, Marie-Caroline e Yann – como suas representantes devido ao seu estado de saúde debilitado.