Morre o cientista colombiano Manuel Elkin Patarroyo, pioneiro da vacina contra a malária
O imunologista e patologista foi o primeiro criador de uma vacina sintética contra a doença
O cientista e professor colombiano Manuel Elkin Patarroyo, criador da primeira vacina sintética contra a malária, morreu nesta quinta-feira (9) aos 78 anos, informou o governo colombiano.
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"Lamentamos a morte de Manuel Elkin Patarroyo, uma figura proeminente da ciência na Colômbia. Seu trabalho e dedicação marcaram avanços importantes na pesquisa científica", disse o Ministério das Ciências da Colômbia em sua conta na rede social X.
O imunologista e patologista foi o primeiro criador de uma vacina sintética contra a malária, doença tropical parasitária que é transmitida pela picada de mosquitos infectados e que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), causou 597 mil mortes em 2023.
“Apesar das ofertas para trabalhar em centros de pesquisa no resto do mundo, ela decidiu se estabelecer em seu país, a Colômbia, trabalhando com uma pequena equipe interdisciplinar”, diz uma breve biografia da Fundação Princesa das Astúrias da Espanha, que em 1994 deu ela recebeu o prêmio Príncipe das Astúrias. Ao longo de sua carreira recebeu outros reconhecimentos por suas pesquisas e seu nome passou a ser ouvido como candidato ao Prêmio Nobel de medicina.
Desde 1984, Patarrayo foi o primeiro diretor do Instituto de Imunologia do hospital San Juan de Dios, em Bogotá. Lá ele desenvolveu sua vacina SPf66 contra a malária entre 1986 e 1988, a primeira a ser reconhecida pela OMS.
“Suas contribuições e legado em imunologia serão sempre lembrados, assim como sua engenhosidade, entusiasmo e dedicação à pesquisa e à ciência”, afirmou a Faculdade de Medicina da Universidade Nacional da Colômbia em comunicado publicado no X, vinculado há mais de 50 anos. .
A vacina Patarroyo contra a malária não é mais utilizada devido à sua baixa eficácia, mas na época foi revolucionária.
O cientista foi alvo de críticas de ativistas dos direitos dos animais e de investigações judiciais pela utilização de macacos da Amazônia para testar a eficácia da injeção.