Estados Unidos

Morre primeira vítima do ressurgimento da encefalite equina nos EUA

A vítima sem gênero identificado teve sintomas ligados ao sistema nervoso central; cidade de Massachusetts teve espaços públicos fechados

Culex tarsalis, vetor da encefalite equina Culex tarsalis, vetor da encefalite equina  - Foto: Wikimedia Commons

Primeira morte por infecção com vírus da encefalite equina do Leste (EEEV), transmitida pelo mosquito Culex tarsalisis, foi anunciada pelo Departamento de Saúde de New Hampshire, nos Estados Unidos.

A pessoa (que não teve o gênero identificado) chegou a ser internada após sofrer com sintomas ligados ao sistema nervoso central, mas foi a óbito.

Um homem de 80 anos foi infectado em Massachusetts, estado vizinho a New Hampshire. Ele segue hospitalizado, como informam as autoridades de saúde locais.

No último dia 16, o estado norte-americano relatou seu primeiro caso humano da doença este ano e o primeiro desde 2020.

Um homem na casa dos 80 anos foi exposto no condado de Worcester, o que levou as autoridades de saúde a aumentarem o nível de risco da doença em comunidades próximas, de acordo com um comunicado do departamento de Saúde Pública.

“A encefalite equina é uma doença rara, mas grave, e uma preocupação de saúde pública” disse Robbie Goldstein, comissário de Saúde Pública de Massachusetts, no comunicado.

“Queremos lembrar aos residentes a necessidade de se protegerem contra picadas de mosquitos, especialmente nas áreas do estado onde estamos vendo atividade da doença”.

No ano de 2019, um surto do mesmo vírus na cidade de Massachusetts causou seis mortes entre 12 casos confirmados. Neste ano, quatro cidades do estado estão sob alerta máximo: Oxford, Douglas, Sutton e Webster.

Plymouth fecha espaços públicos
A cidade de Plymouth (a cerca de 64 quilômetros de Boston), em Massachusetts, nos Estados Unidos, anunciou o fechamento de parques e praças municipais à noite após um cavalo ser infectado, devido ao risco elevado de uma doença de alta letalidade transmitida por mosquito.

No Brasil
No começo do ano, o Brasil registrou um caso de infecção em cavalo de encefalite equina do Oeste, causada por outro vírus da mesma família, no município de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul. Em maio, outro animal foi contaminado em Castelo, no Espírito Santo. Não houve infecção registrada em seres humanos.

Na Argentina, entre o fim de 2023 até maio de 2024 foram notificados 530 casos humanos suspeitos de encefalite equina do Oeste em 21 províncias, 105 deles confirmados, 24 classificados como prováveis, e 88 descartados. Foram 11 casos fatais.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, os vetores primários da encefalite equina são o Culex tarsalis na América do Norte e espécies do gênero Aedes, na América do Sul.

Os Alphavirus são responsáveis por três formas da doença: encefalomielite equina do Leste, encefalomielite equina do Oeste e encefalomielite equina venezuelana.

Em humanos, os sintomas mais comuns são febre, cefaleia, rigidez da nuca, letargia e conjuntivite. Em alguns casos, pode evoluir para inflamação das meninges e do parênquima encefálico.

Ainda, de acordo com o CDC, ocorrem apenas 11 casos por ano nos EUA, e cerca de um terço das pessoas que contraem o vírus morrem devido à infecção.

Casos suspeitos de encefalomielite equina do Leste no Brasil são de notificação obrigatória e imediata, segundo a instrução normativa de nº 50/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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