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Morre principal suspeito de assassinatos com cianeto em 1982 nos EUA

Ele foi libertado da prisão em 1995 e sempre negou estar por trás dos assassinatos

James Lewis, suspeito de ser o assassino do TylenolJames Lewis, suspeito de ser o assassino do Tylenol - Foto: Reprodução/internet

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O principal suspeito no misterioso caso dos comprimidos de Tylenol adulterados com cianeto - que deixou sete mortos nos Estados Unidos em 1982 e levou à troca das embalagens dos fármacos - faleceu no domingo (9), aos 76 anos, anunciou a polícia.

Esse caso não sentiu pânico entre os americanos e levou as empresas farmacêuticas a lacrarem as embalagens de medicamentos vendidos sem receita.

James Lewis foi encontrado inconsciente em sua casa no domingo e declarado morto pouco depois, disse a polícia em um comunicado divulgado na segunda-feira (10).

"Depois de uma investigação, determinou-se que a morte de Lewis não era suspeita", declarou a polícia.

Embora ninguém tenha sido acusado dos assassinatos de Chicago, Lewis foi condenado a 12 anos de prisão por extorsão, depois de enviar uma carta ao fabricante Johnson & Johnson, exigindo US$ 1 milhão (R$ 4,8 milhões na cotação atual) para "parar o massacre".

Ele foi libertado da prisão em 1995 e sempre negou estar por trás dos assassinatos.

De uso muito comum, os comprimidos para dor de cabeça e febre Tylenol foram misturados com cianeto e reintroduzidos em recipientes que foram vendidos em farmácias na área de Chicago. Sete pessoas, incluindo uma criança e três membros de uma família, morreram depois de engolir um único comprimido cada.

Os assassinatos chocaram os Estados Unidos. As lojas de todo o país rapidamente retiraram o Tylenol de suas prateleiras.

A investigação, que envolveu mais de 100 policiais, resultou em um relatório de 20.000 páginas, apesar de não haver cena do crime, nem motivado.

Desde então, todos os medicamentos são embalados em recipientes hermeticamente fechados, com fórmulas que desaconselham o uso de produtos adulterados.

Em 2009, o FBI (a Polícia Federal americana) e a polícia reabriram a investigação à luz dos "recentes avanços na tecnologia forense".

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