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Venezuela

Morre um terceiro detido nos protestos pós-eleições na Venezuela, denuncia ONG

Osgual Alexander González Pérez, de 43 anos, morreu na prisão de segurança máxima de Tocuyito

Mais de 2.400 pessoas foram detidas nos protestos contra a proclamação da vitória de MaduroMais de 2.400 pessoas foram detidas nos protestos contra a proclamação da vitória de Maduro - Foto: AFP

Um terceiro detido nos protestos contra a questionada reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, morreu na prisão, denunciou nesta segunda-feira (16) uma ONG.

O Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) publicou na rede social X que Osgual Alexander González Pérez, de 43 anos, morreu na prisão de segurança máxima de Tocuyito (estado de Carabobo, centro-oeste), para onde foram levados muitos dos detidos durante a crise que eclodiu após eleições de 28 de julho na Venezuela.

"Durante o mês de dezembro, ele foi hospitalizado devido a uma forte dor abdominal, que na prisão foi indicada como cólica nefrítica, mas tudo parecia indicar que se tratava de uma hepatite", informou o OVP em sua publicação.

"Sua família denunciou que o atendimento médico foi tardio e que, além disso, não forneceram informações precisas sobre a condição de saúde", acrescentou a organização.

As autoridades ainda não se pronunciaram sobre o caso.

González Pérez é a segunda morte em Tocuyito em menos de uma semana: Jesús Rafael Álvarez, de 44 anos, faleceu nesta mesma prisão na quinta-feira passada. Há um mês, foi reportada a morte de Jesús Manuel Martínez Medina, de 36 anos, em outro presídio, em Barcelona (leste do país).

Na entrada da prisão de Tocuyito, familiares dos detidos exigiram novamente nesta segunda-feira celeridade na revisão dos casos em vista de possíveis libertações.

"Não queremos mais mortos aqui em Tocuyito, queremos a liberdade dos nossos filhos", expressou Mayra Rojas, que tem um filho recluso no local.

Mais de 2.400 pessoas foram detidas nos protestos contra a proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato presidencial de seis anos, entre acusações de fraude da oposição liderada por María Corina Machado, que reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia.

As autoridades anunciaram mais cedo a libertação de outras 179 pessoas, totalizando 533 solturas.

Os familiares dos detidos denunciaram que seus parentes foram vítimas de tortura e maus-tratos.

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