PANDEMIA

Mortos por Covid-19 no mundo superam 5 milhões, aponta agência

O número de mortes diárias em todo o mundo caiu abaixo de 8.000 pela primeira vez em quase um ano no início de outubro

Mortes por Covid-19 na América LatinaMortes por Covid-19 na América Latina - Foto: Emiliano Lasalvia/AFP

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A pandemia de covid-19 já matou mais de 5 milhões de pessoas desde que o escritório da OMS na China registrou o surgimento da doença, no fim de dezembro de 2019, aponta um balanço feito pela AFP até as 18h30 dessa segunda-feira (1º), com base em números oficiais.

O cálculo, que leva em conta as mortes contabilizadas pelas autoridades sanitárias nacionais, representa apenas parte dos óbitos causados pelo novo coronavírus. A OMS calcula que o número de mortos pode ser duas ou três vezes maior do que indicam os registros oficiais, devido à alta mortalidade ligada indiretamente à doença.

O número de mortes diárias em todo o mundo caiu abaixo de 8.000 pela primeira vez em quase um ano no início de outubro, embora a situação seja diferente de um continente para o outro.

"O número total de caos e mortes por covid-19 está aumentando pela primeira vez em dois meses e isso se deve à alta atual da epidemia na Europa", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante coletiva de imprensa.

Na região europeia (52 países e territórios que vão da costa atlântica até Azerbaijão e Rússia), o aumento do número de mortes se deve, principalmente, à evolução da situação no leste.

Na Rússia, segundo as cifras oficiais registradas, mais de mil pessoas morrem de covid-19 diariamente, em média, desde 20 de outubro. Segundo autoridades daquele país, trata-se de uma cifra subestimada.

Os balanços diários dão conta de 239.693 mortos até 1º de novembro, mas a agência nacional de estatísticas Rosstat, que aplica uma definição mais ampla das mortes por covid-19, reportou no fim de setembro quase 450.000 óbitos.

Depois da Rússia, os países da Europa que registram o maior número de mortes diárias são Ucrânia e Romênia, com 546 e 442 óbitos por dia em média, respectivamente, nos últimos sete dias.

- Região mais afetada -
A região da América Latina e do Caribe é a mais afetada do mundo (com 1.521.193 óbitos desde o início da pandemia). Mas o número de mortes diárias, atualmente em torno de 840, diminui desde maio de 2021.

Nos Estados Unidos, mais de 1.400 mortos foram registrados diariamente, em média, nos últimos sete dias, 15% a menos em relação à semana anterior. 

Com um total de 746.747 mortes, os Estados Unidos são o país com o balanço mais letal de falecimentos na pandemia.

A China, primeiro país afetado pelo novo coronavírus, no fim de 2019, também foi o primeiro a controlar a epidemia, em meados de 2020, com a adoção de medidas restritivas drásticas. O governo chinês tenta atualmente conter um pequeno surto de coronavírus que levou ao fechamento do parque da Disney em Xangai nesta segunda-feira, após um caso de covid-19 em uma visitante.

A revista "The Economist" avaliou o excesso de mortalidade e determinou que cerca de 17 milhões de pessoas morreram de covid. "Esta cifra me parece mais confiável", comentou à AFP o epidemiologista Arnaud Fontanet, do Instituto Pasteur.

Seja qual for o caso, a cifra de mortalidade é inferior a de outras pandemias históricas, como a da gripe espanhola, que matou entre 50 e 100 milhões de pessoas entre 1918 e 1919.

No entanto, a covid "causou muitas mortes em um intervalo curto", destacou Jean-Claude Manuguerra, virologista do mesmo instituto.

"Teria sido muito mais dramático sem todas as medidas tomadas, em especial as restrições à mobilidade das pessoas e depois as vacinas", disse Fontanet.

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