Moscou afirma que Rússia, Irã e Turquia estão em 'estreito contato' pela situação na Síria
Com o apoio militar da Rússia, o Irã e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, o regime de Damasco recuperou em 2015 uma grande parte do país e em 2016 a totalidade de Alepo
Os chanceleres da Rússia, Irã e Turquia, atores-chave da guerra na Síria, estão em "estreito contato" para estabilizar a situação frente à ofensiva rebelde nesse país, disse Moscou, aliado do regime sírio.
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Irã e Turquia, os três países "fiadores" do processo de Astana - negociações sobre a Síria -, estão "em estreito contato", indicou, nesta quarta-feira (4), a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
"Esperamos que todos os Estados que têm uma influência sobre a situação no terreno na Síria a utilizarão no interesse para restabelecer a segurança e a estabilidade nesse país o quanto antes", acrescentou.
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A agência russa Ria Novosti indicou, citando a embaixada iraniana em Moscou, que Mohsen Qomi, conselheiro para os temas internacionais do líder supremo Ali Khamenei, estava na capital russa.
Uma coalizão de rebeldes dominada pelo grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), antigo ramo sírio da Al Qaeda, lançou em 27 de novembro uma ofensiva relâmpago no noroeste da Síria e se apoderou de dezenas de localidades e de uma grande parte de Alepo, a segunda maior cidade do país.
Seus milicianos então avançaram em direção ao sul até chegarem em Hama, a quarta maior cidade da Síria, na terça-feira.
Com o apoio militar da Rússia, o Irã e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, o regime de Damasco recuperou em 2015 uma grande parte do país e em 2016 a totalidade de Alepo, cuja parte oriental estava nas mãos dos rebeldes desde 2012.
Um cessar-fogo instaurado em 2020, mediado por Ancara e Moscou, trouxe uma relativa calma ao noroeste do país.
A guerra civil na Síria eclodiu em 2011 após a violenta repressão de protestos pacíficos. O conflito, que envolveu potências regionais e globais, além de grupos jihadistas, deixou meio milhão de mortos e milhões de deslocados.