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Escândalo na Caixa

Mourão critica casos de assédio na Caixa: 'Uma das piores coisas que podem acontecer'

O vice-presidente afirmou que a resposta dada pelo governo foi "muito eficaz" e que agora é uma "questão de processo"

Vice-presidente brasileiro, Hamilton MourãoVice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro, que ficou em silêncio sobre as denúncias de assédio envolvendo o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o vice-presidente Hamilton Mourão comentou o assunto nesta sexta-feira e disse que não concorda em “hipótese alguma” com comportamentos neste sentido.

Mourão destacou sua história nas Forças Armadas e disse que “qualquer tipo de assédio que é feito com superior sobre subordinado é uma das piores coisas que pode acontecer”.

– Quarenta e seis anos nas Forças Armadas, que é onde que a gente atua dentro de honra, a lealdade, integridade. Então, qualquer tipo de assédio que é feito com superior sobre subordinado é uma das piores coisas que pode acontecer, né? Então, não concordo em hipótese alguma – disse Mourão.

O vice-presidente afirmou que a resposta dada pelo governo foi “muito eficaz” e que agora é uma “questão de processo”.

– O Pedro já saiu, tá nomeado uma mulher, né? [...] Então é uma é uma resposta muito eficaz a esse a essa situação. Agora é uma questão agora de processo em cima do ex-presidente da Caixa e ele que se defenda.

O governo federal confirmou na quarta-feira a demissão de Pedro Guimarães do comando do banco um dia depois dele ter sido acusado de assédio sexual por funcionárias. Ao mesmo tempo, confirmou o nome de Daniella Marques, atual secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, como substituta de Guimarães.

O presidente Jair Bolsonaro não comentou até agora os episódios envolvendo Guimarães, com quem tem uma relação de proximidade.

No mesmo dia, a Caixa Econômica Federal admitiu pela primeira que recebeu “relato” de assédio sexual dentro da instituição pelo canal de denúncias. Segundo a nota divulgada na noite desta quarta-feira, há uma investigação sigilosa em andamento na Corregedoria.

Uma reportagem sobre o tema, acompanhada por vídeos com depoimentos de cinco vítimas de Guimarães, foi publicada na terça-feira pelo site “Metrópoles”. As funcionárias, cujas identidades foram preservadas, relataram comportamentos inapropriados, como convites, frases constrangedoras e toques em partes do corpo delas.

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