MP da Colômbia investiga filho do presidente por lavagem de dinheiro
O presidente colombiano pediu no último dia 2 ao MP que investigasse se as acusações são verdadeiras
O Ministério Público (MP) da Colômbia informou nesta terça-feira (21) que investiga o filho mais velho do presidente Gustavo Petro por suspeita de lavagem de dinheiro, em meio ao escândalo envolvendo um narcotraficante que abalou o governo semanas atrás.
"Estamos investigando criminalmente" Nicolás Petro e a origem de seus bens, por "possível lavagem de ativos", disse o procurador-geral, Francisco Barbosa.
A ex-mulher de Nicolás Petro, Day Vásquez, afirmou em entrevista que o ex-narcotraficante e ex-contrabandista Samuel Santander Lopesierra entregou a seu ex-parceiro o equivalente a US$ 124.000 como contribuição para a campanha presidencial de seu pai.
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Segundo Day, o presidente não sabia dessas movimentações, e Nicolás Petro ficou com o dinheiro, para financiar uma vida de luxo. Santander Lopesierra cumpriu 18 anos de prisão nos Estados Unidos por tráfico de drogas.
Em meio à comoção midiática que se seguiu à notícia, o presidente colombiano pediu no último dia 2 ao MP que investigasse se as acusações contra seu primogênito são verdadeiras.
Santander Lopesierra é uma das pessoas mais poderosas do departamento de La Guajira (norte), localizado no Caribe colombiano. Já o filho mais velho do presidente se tornou uma figura política importante naquela região e hoje é deputado pelo Pacto Histórico, coalizão de esquerda liderada por Petro.
O presidente evitou dar detalhes do caso e colocou a investigação a cargo do Ministério Público. Em entrevista ao portal Cambio, afirmou que já havia ouvido rumores sobre o estilo de vida de seu filho, que "começaram a chamar" sua atenção.
Nicolás Petro negou as acusações e disse que está disposto a “comparecer” perante as entidades que o requisitarem. “O dinheiro em questão não é procedente da máfia, da corrupção, nem de nenhuma atividade ilícita", defendeu-se.