Logo Folha de Pernambuco

Guatemala

MP da Guatemala formaliza pedido de retirada da imunidade de presidente eleito

O MP acusa dos crimes de destruição de bens culturais de forma contínua, associação ilícita e tráfico de influência

Bernardo Arévalo, presidente eleito da GuatemalaBernardo Arévalo, presidente eleito da Guatemala - Foto: Johan Ordonez/AFP

O Ministério Público da Guatemala apresentou, nesta sexta-feira (17), à Suprema Corte um pedido para retirar a imunidade do presidente eleito, Bernardo Arévalo, que denuncia ser vítima de um "golpe de Estado em andamento" para evitar que assuma a carga em 14 de janeiro.

Na quinta-feira, o Ministério Público (MP) envolveu Arévalo e a vice-presidente eleita, Karin Herrera, em uma investigação por danos durante a ocupação da universidade estadual em 2022, e anunciou que pediria a retirada de suas imunidades, que os protegidos de processos penais.

O MP “apresentou seis pedidos para o processamento das diligências de retirada de imunidade contra seis pessoas”, informou o Órgão na rede social X, antigo Twitter.

A lista é encabeçada por Arévalo e Herrera, bem como um deputado atual e um eleito de seu partido Semilla, além de outros dois congressistas opositores. A medida foi criticada pelos Estados Unidos, União Europeia, ONU e OEA.

O MP acusa dos crimes de destruição de bens culturais de forma contínua, associação ilícita e tráfico de influência.

Arévalo, sociólogo social-democrata de 65 anos, classificou a medida como um “ataque à democracia”. Ele alega ter sido vítima de perseguição pelo Ministério Público desde que surpreendeu nas eleições do primeiro turno, em 25 de junho.

A pedido da procuradora-geral Consuelo Porras, considerada "corrupta" pelos Estados Unidos, um juiz suspendeu o partido Semilla e, após uma investigação sobre supostas irregularidades nas eleições, tentou pesquisas polêmicas no tribunal eleitoral.

Agora, o presidente eleito é acusado de ter apoiado nas redes sociais professores e estudantes que ocupavam, de maio de 2022 a junho de 2023, a Universidade de San Carlos em protesto contra o que denunciaram como uma eleição fraudulenta de um reitor ligado ao governo de direita de Alejandro Giammattei.

Devido a esse caso, promotores e policiais realizaram buscas em várias casas na quinta-feira e prenderam cinco opositores pela ocupação da universidade, incluindo um ex-candidato a deputado do Semilla.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter