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França

MP francês pede que ex-presidente Sarkozy seja julgado por financiamento de campanha pela Líbia

Sarkozy pode ser julgado por corrupção passiva, associação criminosa, financiamento ilegal de campanha e ocultação de desvio de recursos públicos líbios

O presidente francês Nicolas Sarkozy (R) e o líder líbio Moamer Kadhafi posam durante a assinatura de 10 bilhões de euros em contratos comerciais entre os dois países, no Palácio do Eliseu, em Paris, em 2007O presidente francês Nicolas Sarkozy (R) e o líder líbio Moamer Kadhafi posam durante a assinatura de 10 bilhões de euros em contratos comerciais entre os dois países, no Palácio do Eliseu, em Paris, em 2007 - Foto: Patrick Kovarik/POOL/AFP

O Ministério Público francês pediu que o ex-presidente Nicolas Sarkozy e outras 12 pessoas sejam julgados por suspeita de financiamento pela Líbia de sua vitoriosa campanha eleitoral em 2007, afirmou à AFP uma fonte próxima ao caso nesta quinta-feira (11).

A Promotoria Nacional Financeira pede que o ex-presidente conservador (2007-2012) seja julgado por corrupção passiva, associação criminosa, financiamento ilegal de campanha e ocultação de desvio de recursos públicos líbios, acrescentou.

As investigações foram iniciadas em 2013, após a publicação no veículo on-line Mediapart, em 2012, de um documento que supostamente provava que o regime de Muammar Kadhafi tinha financiado a campanha que levou Sakozy à Presidência.

Dois juízes de instrução devem decidir agora se levam a julgamento o ex-chefe de Estado, de 68 anos, e outras 12 pessoas, entre elas seu ex-braço direito Claude Guéant e dois empresários.

Ao longo de dez anos de investigações, Sarkozy, que nega as acusações, multiplicou os recursos para tentar anular as investigações. "Onde está o dinheiro?", perguntou-lhe a juíza ao final de 2020.

Este caso não é o único contra ele. Em 17 de maio será conhecida a sentença de apelação sobre o das "escutas", no qual foi condenado em primeira instância a um ano de prisão sem direito a sursis por corrupção e tráfico de influência.

A partir de novembro de 2023, o ex-presidente será julgado novamente no caso Bygmalion, pelo qual também foi condenado a um ano de prisão sem sursis na primeira instância.

Este processo está relacionado com as contas da campanha presidencial de 2012, que o então mandatário perdeu para o socialista François Hollande.

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