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MPPE agenda reunião entre colégio, prefeitura e família de criança agredida em berçário no Recife

O objetivo é ouvir as partes após a denúncia formalizada pela familiar contra a instituição de ensino, e somente após isso será possível tirar as conclusões e dar continuidade ao procedimento

Caso aconteceu no CFC Baby, do Colégio Fazer Crescer, localizado na Zona Norte do RecifeCaso aconteceu no CFC Baby, do Colégio Fazer Crescer, localizado na Zona Norte do Recife - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) agendou uma reunião entre a mãe da criança de um ano e dois meses que foi agredida por outro aluno dentro de um berçário no Recife, o CFC Baby, do Colégio Fazer Crescer, e a Prefeitura do Recife.

O objetivo é ouvir as partes após a denúncia formalizada pela familiar contra a instituição de ensino, localizada na Zona Norte da Capital pernambucana. Somente após isso será possível tirar as conclusões e dar continuidade ao procedimento.

Em contato com a reportagem, o MPPE também afirmou que não pode passar mais informações sobre a audiência, como data e local. De acordo com o órgão, o sigilo acontece "para resguardar a privacidade dos envolvidos e em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente".

De acordo com os familiares, a vítima sofreu arranhões e mordidas de outra criança, de dois anos. A Polícia Civil de Pernambuco investiga o caso como lesão corporal.

Em entrevista à Folha de Pernambuco, a mãe da criança acusou o colégio de "omissão" e "falta de apoio". O colégio, por outro lado, afirma ter se colocado à disposição durante todo o tempo.

Procurados pela reportagem, tanto os familiares quanto o colégio ainda não haviam recebido a notificação oficial para comparecimento à reunião. O canal segue aberto para exibição de posicionamento oficial.

Entenda o caso
O caso aconteceu na última quarta-feira (25), mas foi divulgado apenas no domingo (29). A vítima teria sido deixada sozinha com a outra criança, dormindo, sem supervisão da berçarista, que também teria esquecido de ligar a babá eletrônica ao sair do ambiente. Foi nesse momento que a agressão ocorreu. 

O caso foi levado para o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), por meio de um Boletim de Ocorrência. A Polícia Civil, por meio de nota, afirmou que "as investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação do caso". A vítima também chegou a realizar uma perícia traumatológica.

À Folha de Pernambuco, a família da vítima afirmou que segue tentando, na tarde desta terça-feira (1°), formalizar uma denúncia na Secretaria Municipal de Educação contra a instituição. Até o momento, no entanto, não há atualização se a tentativa  obteve sucesso.

O que diz o colégio
Procurado pela reportagem, o CFC Baby afirmou que está "mantendo contato com os pais de ambas as crianças, no intuito de oferecer nossos melhores propósitos". A instituição disse, ainda, que "se colocou à disposição para o que for necessário".

O colégio também destacou a "história de honradez da instituição nestes quase 40 anos de existência", e que, no momento que que tomou conhecimento do ocorrido, elevou os níveis de segurança do local.

A nota, no entanto, não menciona a posição da CFC Baby a respeito da profissional que deveria supervisionar as crianças.

Confira, abaixo, o pronunciamento na íntegra:
O CFC Baby sempre atuou com responsabilidade, compromisso e atenção e, desde a ocorrência do fato, no dia 25 de setembro, vem se disponibilizando a apoiar as famílias envolvidas. Houve duas tentativas de contato com o pai da criança que foi atingida, e um com a mãe, e não tivemos retorno. Mas entendemos que o momento realmente é delicado e optamos por aguardar, não deixando de ficar à disposição. 

Esclarecemos ainda que, assim que ocorreu o fato, a equipe atendeu primeiramente as duas crianças e, na sequência, chamou as mães. O berçário não levou a criança ao hospital, como é procedimento em casos mais graves, pois se tratavam de arranhões e mordidas. Após o ocorrido, e enquanto a mãe se dirigia ao berçário, a criança foi cuidada, tomou banho, se acalmou e almoçou. Quando a mãe chegou, a filha estava calma e sem chorar.

O berçário informa ainda que as duas crianças não saíram da sala do soninho, como foi relatado em reportagem. Mas apenas do cercadinho que fica dentro da sala, que separa a área dos colchões da área de brincadeira.

Também foram revistos protocolos e rotinas para elevar ainda mais os níveis de monitoramento e segurança das crianças. 

O CFC Baby também está contribuindo com as investigações e, um dia depois do solicitado, entregou as imagens do circuito interno de câmeras para os devidos esclarecimentos. 

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