Ônibus

MPPE nega ter recomendado aumento de valor máximo para troco nos ônibus da RMR

Órgão emitou nota indo contra decisão divulgada pelo Grande Recife Consórcio

Motoristas de ônibus durante protesto dos rodoviários nesta terça-feira (13)Motoristas de ônibus durante protesto dos rodoviários nesta terça-feira (13) - Foto: Melissa Fernandes/Folha de Pernambuco

Após o Grande Recife Consórcio de Transporte afirmar ter subido para R$ 50 o valor máximo para troco de ônibus, devido à uma demanda do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o órgão ministerial negou ter feito qualquer recomendação à instituição que gere o transporte público de passageiros da Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Em nota divulgada na noite desta terça-feira (13), o MPPE se mostrou contrário à decisão adotada pelo Grande Recife e enfatizou buscar que o valor máximo de R$ 20, vigente desde 2014, seja respeitado. "A posição da Promotoria do Transporte foi pela necessidade de reforço ao cumprimento da então vigente Portaria 059/2014 do CTM, respeitando o valor máximo de R$20 reais".

Procurado pela reportagem, o Grande Recife mostrou-se surpreso com o comunicado do Ministério Público. Segundo a assessoria de imprensa, até o fim do expediente desta terça-feira, às 17h, o consórcio não havia sido informado da nota divulgada pelo MPPE. Ainda de acordo com a instituição, durante a semana, uma reunião com os rodoviários irá acontecer, no intuito de se chegar a um acordo sobre o valor máximo para troco. 

No período da manhã desta terça, os rodoviários paralisaram as atividades em forma de protesto contra a novidade imposta pelo Grande Recife. O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Aldo Lima, reclamou do reajuste. 

“Antes o troco máximo era de R$ 20 e isso é contra o que eles diziam de que não havia circulação de dinheiro nos ônibus porque nem toda população utiliza o cartão e isso é uma prova. Aumentar esse valor é ruim porque o motorista não recebe R$ 1 das empresas e se não passar o troco chega a ser punido”, declarou.

Em nota, a Urbana-PE informou que, atualmente, "apenas 8% dos embarques são realizados com pagamento em dinheiro". A entidade que representa a classe patronal disse ainda que "a tendência é de redução deste percentual por conta da ampliação do uso dos cartões VEM, seja decorrente das integrações temporais ou dos benefícios tarifários e operacionais".

Veja também

ONS recomenda que governo volte a adotar o horário de verão
Horário de verão

ONS recomenda que governo volte a adotar o horário de verão

Operação contra pirataria tira do ar 675 sites e 14 apps de streaming ilegal e prende suspeitos
Streaming ilegal

Operação contra pirataria tira do ar 675 sites e 14 apps de streaming ilegal e prende suspeitos

Newsletter