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PERNAMBUCO

MPPE vai pedir condenação de executor da "Chacina de Poção"; julgamento ocorre nesta segunda (26)

Crime aconteceu em 2015, no município do Agreste Pernambucano, quando quatro pessoas foram assassinadas

Julgamento acontece no Fórum Thomaz de AquinoJulgamento acontece no Fórum Thomaz de Aquino - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) planeja pedir a condenação de Wellington Silvestre dos Santos, apontado como o executor da chacina de Poção, no Agreste do Estado, em 2015.

A ação vai ocorrer durante o julgamento do réu, marcado para a próxima segunda-feira (26), a partir das 9h, na sessão da 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Thomaz de Aquino, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.

Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 6 de fevereiro de 2015. Um carro do conselho tutelar foi interceptado em uma emboscada que resultou na execução de três conselheiros: Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, José Daniel Farias Monteiro e Carmem Lúcia da Silva. A quarta vítima foi Ana Rita Venâncio, avó materna de uma criança de 3 anos, que também estava no veículo. 

As investigações apontam que o crime teria sido encomendado pela avó paterna da menina, Bernadete de Britto Siqueira. Ela teria contratado o grupo de extermínio para eliminar a família materna e assegurar a guarda da criança, cuja tutela oficial era do pai, José Cláudio de Britto Siqueira Filho. 

De acordo com a polícia, o delito foi planejado por Bernadette em 2014. Ela também é acusada de ter matado a mãe da jovem por envenenamento, em 2012. Ao todo, oito pessoas foram denunciadas como responsáveis pela chacina.

Julgamento de Wellington
À época, Welligton foi denunciado pelos quatro homicídios qualificados, pela emboscada, mediante pagamenro e com característica de grupo de extermínio. Os delitos estão previstos no Artigo 121 §2º, incisos I e IV, e §6º do Código Penal. 

A denúncia incluia, ainda, a tentativa de homicídio da menina, que foi encontrada pela polícia em estado de choque nos braços da avó que foi executada. O motivo foi o fato de que os autores, durante a prática do crime, assumiram o risco de atingir a menor. Ainda assim, essa tese não foi aceita pela Justiça.

Todos os participantes do crime estavam presos desde a primeira denúncia, exceto por Wellington, que estava foragido. Sua captura aconteceu apenas em 25 de outubro de 2016, quando foi aberto um novo processo para julgá-lo. Ele segue detido na Paraíba enquanto aguarda a sessão. 

Vale lembrar que o julgamento do réu, assim como dos outros participantes do crime, estava marcado inicialmente para dezembro do ano passado, mas precisou ser adiado. O motivo foi a alegação, por meio de apresentação de atestado médico, de que Wellington estava com problemas de saúde e impossibilitado de comparecer ao tribunal. A doença não foi revelada.

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